vitor
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Olá amigos.
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« em: Dezembro 20, 2008, 23:24:30 » |
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Os contratempos, ou incompatibilidades nas coisas de cada um. Os passos triviais repletos, preenchidos de vazios, enchendo a azafama com estes silêncios murmurantes, com estes riachos de gritos arrufando a mente, pedaços nómadas nos dias das almas flutuantes, sobre o vazio surdo nestes ruidosos e espartanos lugares do mundo, de todos, sentir de que forma fluem sobre os nadas circunstanciais de todos os momentos, sem que a circunstancialidade o seja assim mesmo, ou mesmo contratempo, será certamente por ai, um apelo concavo nestas calçadas nuas, duma repleta e sã noite sem alguma lua, provavelmente… Remotos envolvimentos com um tempo provável. Raros ou inexistentes momentos contigo, fado primata de sonhadores invulgares, rumando vagarosas ansiedades num esgrimir platónico, o ênfase caustico do amor fingido, as palavras apenas sólidas no instante e envolvidas com surreal função. O compêndio armazenado num armário perdido. Num canto do tempo. Desta falésia súbita onde possam refutar-se apenas, num contexto adocicado sem que os beijos se sintam, serpentearem a face gasta nos prefácios vazios do infinito. A irreverência dos instantes, enchendo com olhares ofuscantes a pirâmide da vida, os rios no interior dos espaços que se envolvem com o momento, sucumbem como quem não chega sequer, como quem não toca em nada, ou entrelinhas pardas numa voz corada e sinuosa desta rádio fúnebre, um relato tremulo circunstancia pela noite a dentro o refutar mordaz dos inquilinos dos nadas que se perdem nos interiores descobertos desta vida desmontada, o cheiro a vazio implorará emergências que se desconhecem, impondo sem que se saiba, apelar-te o aconchego mesmo que vazio, num repente raro e repetido, todas as vezes que a noite nos encobrir neste manto de lençóis inventados pelo silencio. Os pedacinhos quase imperdÃveis, quase inesquecÃveis, quase voláteis, são os prementes ensejos de saboreados momentos por cada risco inventado, por cada anseio procurado, ou mesmo, cada rio de ti aqui descrito, neste lamaçal mordaz de ausências fugazes e definitivas, que se preencham ou aniquilem, os rumores invadindo a norte o rio circunscrito pelos teus abraços, pedacinhos permanentes, pela sombra criada na alma sórdida da noite, que se sonha lentamente. Pelo que tenha ido. Por rumores recordadores e pensamentos sempre guardados, o cofre aberto da vida sentirá o salgado silencioso de todos os mares, de todos os peitos mergulhados em seu pranto azul, beijando o longe sem olhares, num refrescante olá sem ti, ou se mares fosses, senti-lo-ia em tua mão elevar-se como uma falésia que cresce num estrelado caminhar pelo horizonte ondulado da noite, que parece ate dançar, as cócegas inventadas sem que te sinta, neste marasmo perdido apenas, onde nunca terás estado.
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