Dar-te-ia um beijo!

[Mel de Carvalho]

Dar-te-ia um beijo!
Dar-te-ia um longo beijo, um (e)terno beijo – o que acalento,
o que retenho, longitudinal espera.
Não, não te falaria do esfriado Inverno,
nem sequer do desalento pálido em queda no Outono,
se meu amado, tu és em mim, hoje como ontem,
como na soma subtraída ao imaginário do tempo largo,
no agora, no antes, e no futuro do antigamente, deleitosa Primavera.

Dar-te-ia um beijo, na flor da pele em flor de boca,
na flor alvíssima do sal…
Ingénua
Frugal
e logo arrebatada, louca, moldada líquida à tua sombra. Na tua boca.
…ténue.

Dar-te- ia um beijo e um mundo inteiro.
[agora, só o silêncio trapaceiro da água a borbulhar o aquário…].

[Marília]

Este aquário deve conter os peixes do mais forte mar.
Este mar deve revelar a saudade do mais forte amor.
Esta escritora não sabe o que fazer com tantas belas palavras
enquanto daria um beijo no tal forte amor.
então o aquário sorri com ingenuidade
mas sorri para o mundo inteiro.

[Goreti Dias]

Um beijo e o mundo inteiro... quem precisa de mais?
Um abraço

[Mel de Carvalho]

Este aquário deve conter os peixes do mais forte mar.
Este mar deve revelar a saudade do mais forte amor.
Esta escritora não sabe o que fazer com tantas belas palavras
enquanto daria um beijo no tal forte amor.
então o aquário sorri com ingenuidade
mas sorri para o mundo inteiro.

Marilia, que bom encontrar as tuas palavras por aaqui. Beijo enorme