EscritArtes
Maio 15, 2024, 03:06:52 *
Olá, Visitante. Por favor Entre ou Registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
Notícias: Regulamento do site
http://www.escritartes.com/forum/index.php/topic,9145.0.html
 
  Início   Fórum   Ajuda Entrar Registe-se   *
Páginas: 1 ... 24 25 [26] 27 28 ... 33   Ir para o fundo
  Imprimir  
Autor Tópico: Concurso “IMAGENS DA NOSSA MEMÓRIA”  (Lida 186762 vezes)
0 Membros e 2 Visitantes estão a ver este tópico.
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #375 em: Agosto 26, 2010, 18:06:42 »

A Administração já está a esforçar-se por conseguir a publicação, o que é diferente de a patrocinar. Como sabe, já vai patrocinar em paralelo com a Editora a publicação da Colectânea, sem qualquer obrigação para os participantes. Não somos conhecidos, não venderemos o suficiente para pagar a edição, como todos devem calcular. O prémio deste concurso é simbólico quanto à verba, o mais importante é a entrevista que dará um pouco mais de relevo ao autor vencedor. Claro que se houver forma de publicar, apoiaremos na medida do possível.
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #376 em: Agosto 27, 2010, 04:48:35 »

CONCURSO PARA O PRÓXIMO RENDEZ-VOUS – 9 /10 /2010

“IMAGENS DA NOSSA MEMÓRIA”

 

 

É verdade. Todos temos imagens muitas ou poucas do nosso passado e mesmo presente. Umas mais agradáveis que outras, mas todas elas memórias que ficaram e/ou ficam gravadas. E ainda bem.

Desta feita, o nosso desafio é propor-vos a partilha dessas vossas/nossas memórias, como se estivessem a descrever uma ou mais fotografias, preferencialmente, dos melhores momentos da vida (tema livre)

 

E AS REGRAS SÃO ESTAS:

 

 

- Cada texto não deverá exceder os 600 caracteres, incluindo espaços;

- Os textos inéditos concorrentes deverão ser enviados para: administracaoescritartes@gmail.com (Assunto: “IMAGENS DA NOSSA MEMÓRIA”) nunca postados directamente pelos autores, em qualquer tópico que seja do site. Se tal vier a acontecer antes dos resultados finais, o texto será retirado de concurso.

- Cada participante poderá concorrer com a quantidade de textos que pretender, mas sempre e somente textos distintos, isto é, nunca continuação de anteriores. A cada um, será atribuído um número de série com que será publicitado no site e se apresentará a votação. Os concorrentes devem assinar o texto com o seu nome de utilizador no site, embora isso depois seja retirado do texto que se apresenta a votação.

- O último dia para recepção dos textos concorrentes será o dia 6 de Setembro próximo, (Segunda-feira);

- A partir de tal data, a Votação será aberta em tópico controlado pela Administração. O apuramento dos resultados é automaticamente apresentado pelo site e o respectivo anúncio será feito no decorrer do Encontro, no dia 9 de Outubro no Clube dos Fenianos no Porto;

- Existirá um primeiro prémio pecuniário de 50 euros, oferecido pelo Escritartes;

 
- Cláusula única:

O Vencedor(a) fica automaticamente obrigado a colaborar com as suas respostas numa entrevista a ser-lhe dirigida pelos Organizadores, bem como dispensar material fotográfico para suporte da postagem da mesma no Escritartes. Deverá também disponibilizar o seu NIB/IBAN para transferência bancária.


 - Existirá um segundo prémio, constituído pelas três colectâneas do site, oferecido pela editora Mosaico de Palavras.

 
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #377 em: Agosto 29, 2010, 21:47:37 »

Texto n.º 207

Hoje…
Hoje amanheci comparando o dia a uma página por preencher, sondei-me devagarinho e de frente para o espelho que todos os dias me engana, suspirei e perdoei-lhe essa iniquidade, encaminhei-me naquilo que penso, pelos trajectos a toda a hora inventados, veio a tarde e a promessa arrepiou caminho pelas algibeiras de um produto homem incompleto. Sempre esperamos de nós algo indecifrável, para além das caminhadas gloriosas que se aventuram num simples viver.
 Contei os bancos do jardim e revi cabelos brancos de homens também eles inacabados, identifiquei-me neles, assim sou eu…

Texto n.º 208


Aquilo que vi…
O calor fazia emergir nas águas salgadas do Atlântico a sul carradas de multidões ávidas pelas ondas, nem os recados estampados na mente demoviam os veraneantes de uma pintura bronze artificial, enquanto as mentes dormem expostas aos ultravioletas, os anos tratariam de confirmar nas rugas da pele, pele essa há “procura” de cancros malignos. O brilho curvo e torneado das formas físicas com que de dia se escultura o corpo, alimentava o semblante perfeito, era Verão à espera de um futuro a contas com a oncologia hospitalar, a frenética “dádiva morta” da quimioterapia, radioterapia.

Texto n.º 209


O CUBO E A ESFERA

O cubo não era esfera nem obviamente a esfera um cubo. Todos de acordo, menos Galhardo, formando teimoso que punha o mesmo problema sempre em cima da mesa e transportava o problema para a relação familiar entre o quadrado e o círculo que se recusava aceitar como bases teóricas da explicação do formador. Um dia, naqueles em que quem explica já está por tudo e tudo pronto a imaginar e dizer, perante tanta teimosia do Galhardo afirmou: - Galhardo, é assim – o cubo é uma esfera quadrada e a esfera é um quadrado redondo! Ponto final.

Texto n.º 210


MALDITOS BARROTES

Com os meus oito anos acompanhava o meu pai, salgueirista de gema, ao campo Vidal Pinheiro, à altura vedado por barrotes de madeira. O meu hobby favorito era ver a GNR com os capacetes de gala, custasse o que custasse. Num dos Domingos a curiosidade venceu o medo e tanto me esforcei que consegui meter a cabeça entre dois barrotes para os admirar. Depois não a consegui retirar, nem responder ao meu que pai que entusiasmado com o jogo me perdeu de vista. Quando me descobriram encravado entre os barrotes mais de vinte homens ajudaram-no a soltar a cabeça do filho. Que era eu.
« Última modificação: Setembro 05, 2010, 19:28:34 por Administração » Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #378 em: Agosto 29, 2010, 22:05:09 »

Texto n.º211

GEL DE CAVALO

Antes do Estádio do Dragão era o Estádio das Antas. Frente a cada portão de entrada estava um GNR montado no seu cavalo para manter a ordem e o respeito. E todos aguardávamos em fila indiana a verificação para a mesma. Entrada. Pela mão do meu pai, sempre me senti seguro, menos naquele momento em que de algo estranho me colou a cabeça e me arrastou meio metro para a frente. Fora o cavalo do guarda da GNR, que talvez atraído pelo meu penteado, me presenteou com uma lambedela carregada dum gel que para além de me colar o cabelo me arrastou uns tantos centímetros. Empatias.
Registado
josé antonio
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 5837
Convidados: 0


escrever é um acto de partilha


« Responder #379 em: Agosto 30, 2010, 07:54:29 »

Já poucos faltam para os 250 textos! :yahoo:

Toca a escrever ...  :sleep3:

JA
Registado
Dionísio Dinis
Moderador Global
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 9797
Convidados: 0



WWW
« Responder #380 em: Agosto 30, 2010, 19:06:49 »

Um concurso que merece ficar registado nas memórias e em algo mais.
Registado

Pensar amar-te, é ter o acto na palavra e o coração no corpo inteiro.
http://www.escritartes.com/forum/index.php
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #381 em: Agosto 31, 2010, 07:54:44 »

Texto n.º 212

                                      MEMÓRIAS DO TEMPO



Nas memórias do tempo que por mim passou, ficaram apontamentos que comandaram o meu futuro.

O faz de conta da meninice, foi escola que passou pela casinha das bonecas e da arca das trapalhadas, para o real da vida, na adolescência, no hoje e com projecções para o futuro.

Tive uma mãe que me alimentou, me ensinou a comer e me libertou para seguir e cumprir o meu destino.

Texto n.º 213

Meu Sargento

Era primavera de 1984, no meio de uma manhã florida, o Sargento cantando um bom-dia cumprimentou-me, sempre o fazia com a mão de três dedos… nas letras de uma AZERT redigiu uma nota qualquer. Um som maior feriu-me os tímpanos. Entrei! Sobre a secretária pendia a cabeça do Sargento, a sua mão defeituosa segurava uma Walter acabadinha de utilizar, de onde a bala de nove milímetros saíra. O papel que pendia da velhinha AZERT dizia: “Estou disposto a perdoar-te Maria, sei que vou conseguir ter-te de novo comigo, nem que para isso tenha de recuperar-te daquele Deus… que te levou de mim…

Texto n.º 214

Oitenta-e-Oito
 
Do vôo entenderá quem não é alado? Magister dexit. Alimentava-se dos frutos desprezados pelas árvores. O número circunscrito nas asas brilhava mais quando pressentia a implacável caçada. O abdômen preso a um alfinete, as cores e a silhueta sem a vivaz perfeição de antes. Pensada inesgotável e sem memória a Diaetheria Clymena seria capaz de esquecer os que lhe haviam provocado a quase extinção em troca de haverem eternizado a forma com que os fez sentir – porque adorava a luz e jamais tinha certeza se testemunharia a próxima alvorada.
 
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #382 em: Agosto 31, 2010, 08:07:35 »

Texto n.º 215

Nas margens da alvorada, a tua boca soprou sábios convites, as tuas mãos teceram doces fios de linho branco sobre a minha pele cansada e os meus lábios sussurraram a suave ternura de um sim há muito adivinhado. No nevoeiro que cobria o dia, vi-te mais claro; o sorriso de puros  sons abrindo-se como açucena em Primavera resplandecente; o abraço como um raio de sol aquecendo-me o peito…
Reconheci-te a alma, adornei o meu céu com as gotas dos teus olhos e chorámos ambos a tristeza da distância.
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #383 em: Agosto 31, 2010, 08:29:41 »

Texto n.º 216

A luz incidia sobre os ramos mais altos das acácias em flor, rubro como chama no seu apogeu mortífero. Ficou-me na memória o suave perfume daquele fim de luz. A noite cada vez mais perto, as aves cada vez mais caladas, o mundo cada vez mais de paz…
Na sombra das árvores, a erva macia, tapete esmeralda oferecido irmãmente a quem o desejasse, chamava num apelo mudo ao descanso. Tomei-o como lençol cobrindo a solidão. Recostei-me nos seus braços invisíveis e descansei no seu colo fresco. Apaziguei a alma e adormeci em paz.
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #384 em: Agosto 31, 2010, 09:44:30 »

Texto n.º 217

Vinha da escola e sentava-me naquele banquinho de madeira. Os teus olhos ( ainda hoje o seu brilho me acompanha) esperavam os meus. Com um palito, dava-te na boca bocados de maçã, salpicada de açúcar. Comias vagarosamente. Perguntavas pelo meu dia.Tu naquela cama. Tão magro, tão indefeso. Falavas de coisas que não compreendia. Tudo senti. Sabes? Quando o mundo me magoa, às vezes, sou aquela criança. Aconchego-me nos teus braços e peço-te: conta-me mais uma história Bu.
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #385 em: Agosto 31, 2010, 10:05:10 »

Texto n.º 218

 O CANÁRIO

O canário "Tenor"
Deu um desgosto profundo,
Deixou as manas em dor
E foi para o outro mundo.
Um funeral lhe foi feito,
Com direito a rasa "campa"
E uma "urna" a preceito,
Como se fosse uma cama.
Fizeram o seu "luto"
Que a pouca idade lhes deu,
Porque veio um substituto
Que o Pai lhes ofereceu.
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #386 em: Agosto 31, 2010, 11:53:13 »

Texto n.º 219

Brancos cabelos, tez enrugada e uns olhos profundamente azuis . Assim a recordo. Na sua voz doce, nunca o timbre se alterava, nunca a zanga a fazia severa.
Sentada no seu colo, abandonava a minha cabeça de criança às suas mãos plenas de ternura. Os meus cabelos claros, até meio das costas, deslizavam no seu pente serenos e sedosos. Nenhum embaraço nos seus fios provocava dor. Os seus sábios dedos não o permitiam. Duas tranças nasciam das suas mãos, prontas a voarem comigo pelas planícies de trigo verde, livres e soltas como eu!
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #387 em: Agosto 31, 2010, 13:41:13 »

Texto n.º 220

Olho em redor e não acredito no que vejo, estou deitada numa cama com um colchão de palha, coberta com uma velha e esburacada manta de lã.
Do meu lado tenho uma pequena mesa com um pires, e uma vela acesa.
O quarto um pequeno cubículo sem janelas as paredes estão negras com tufos de bolor criados pela humidade, o ar é abafado e cheira a mofo.
Existe um pequeno espelho manchado pelo tempo, vejo-me reflectida nele, estou suja, desgrenhada, sou jovem, quinze anos e estou descalça!
Os meus pés têm calos, estão negros e cheios de frieiras como o meu vestido velho e  remendado. SOU POBRE!
 
 Texto n.º 221
 
Deixo-me encostar observando maravilhada a lua e a via láctea que me veio visitar acompanhada da leve brisa que me beijava o rosto suavemente, agitando as roseiras que ao serem embaladas soltavam os seus aromas doces deixando-me a viajar acordada.
Fecho os olhos por breves segundos para voltar a uma nova realidade.
 
 Texto n.º 222
 
Sou matéria, sou de carne e osso, estou de volta ao meu estado actual, recostada mas aliviada, compreendo agora quem fui como reencarnei, amei, fui amada, maltratada e até mesmo como fui feliz junto da terra mãe.
Sei já o que passei, o que provavelmente irei passar e encontrar, mas a felicidade lá estará, cabe-me agora a mim tomar o rumo da minha vida com o que aprendi na reencarnação de todas as outras.
Se posso mudar o meu destino? Depois das minhas reencarnações, é claro que posso!
 
 Texto n.º 223

Sou um mero comentador nos meios de comunicação, jornalista e investigador que tem os seus defeitos, no entanto sei bem o que faço e o que digo, uns respeitam-me outros simplesmente desprezam-me.
Embrenhei-me no espírito da pesquisa e elaborei uma exposição de vários temas, alonguei-me na escrita.
Já nessa altura tinha um feitio tramado, mas era com esse mesmo feitio que consegui o meu primeiro prémio de investigação.
Fui notícia nos meios de comunicação e assim foi talhado o meu futuro profissional.
 
 Texto n.º 224
 
Durante toda a minha vida fui sempre um rebelde, teimoso, com o meu sentido de justiça apurado e um sexto sentido (segundo dizem comum só às mulheres), (mas como sempre fui do contra…) extremamente à flor da pele.
Lutei como um valente, um herói pela liberdade, contra as humilhações, contra os crimes e embora quisessem calar a minha voz, nunca o conseguiram!
Sempre disse que gostaria de morrer pacificamente de uma forma muito própria e graças ao Criador assim aconteceu.
 
 Texto n.º 225
 
Sempre fui uma pessoa simples, correcta e justa mas há coisas na vida de cada um que nem um anjo consegue perdoar.
Quantas vezes me chamaram de parvo, de ser inocente, idiota, um coração de manteiga e tantas outras coisas mais.
No entanto poderão dizer que era louco, bem que tentaram fazer-me passar por tal mas o feitiço virou-se contra o feiticeiro.
Casei há cinco anos atrás contra a vontade de toda a família cujo status quo sempre fora um dos mais elevados do país e quando teimei em casar com uma simples empregada de mesa de um restaurante de beira de estrada, caiu o Carmo e a Trindade!
 
Texto n.º 226
 
No dia da leitura do meu testamento todos os supostos herdeiros que levavam a alegria estampada nas suas cabeças mesquinhas começaram a sentir calafrios ao verem que tanto o advogado, como o notário não eram as mesmas pessoas que conheceram anteriormente.
Não preciso dizer o que se seguiu, nada puderam fazer, não receberam nem um único par de meias usado, nem umas cuecas, nada!
Se antes eram uns pelintras mais pelintras ficaram vendo os seus bens serem confiscados e penhorados por falta de pagamento.
 
 Texto n.º 227
 
Assim que cheguei verifiquei um forte dispositivo policial, ruas cortadas ao trânsito, PSP, GNR muitos engravatados com ar de poucos amigos e com quem olhavam de lado simbolizando um grande desprezo pelos demais.
Enfim, respirei fundo e preparei-me para enfrentar as feras, ai deles que não me deixassem passar...
Empinei o nariz, e segui em frente em passos firmes caminhando pelo meio deles todos dando um encontrão a um deles que se atravessou na minha frente e que afinal de contas foi até ele quem me pediu desculpa com olhinhos de cachorrinho com medo da dona.

Texto n.º 228

3ª IDADE
   
- Tu, MULHER de olhar ausente! Tu, que tanto te deste em amor, vagueias no caminho perdida, carente de afectos, esquecida no mundo!
- Como eu desejaria beijar-te as mãos, afagar esses teus cabelos brancos, dar-te um abraço sem palavras...
  É para esta mulher de olhar vidrado e adormecido pelos tumultuosos dias da sua existência que eu quero prestar a minha homenagem com   um grande sentimento de ternura, alertando para uma sociedade onde os idosos não vivem dignamente!
               - Vegetam simplesmente!!!
 
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #388 em: Agosto 31, 2010, 14:20:55 »

Texto n.º 229

 A NOTÍCIA
 
 Os passos ecoam no silêncio da noite! A sua mente recua algumas décadas…Como tinha bem gravado na memória o seu primeiro beijo!
Como se lhe entumeciam as faces de um rubor escaldante ao recordar o dia em que se sentiu pela primeira vez mulher! Sim, mulher, esposa, mãe! Que distância sem fim! Que lonjura no tempo! Tempo gravado na sua memória ainda lúcida… O seu olhar mergulha no abismo! Temia ter de ouvir a cruel notícia! Mais noites sem fim marcadas pelo tic-tac metálico e gélido de um velho relógio de parede indiferente ao cruel destinam; ele marcava a hora e a hora chegou!!!

Texto n.º 230

SOLUÇÃO DE ÚLTIMA HORA
 
Ainda não existia a IP4. O Citroen 2 cavalos subia a passo de caracol a antiga estrada da serra do Marão que conduzia a Vila Real.
Lá dentro ia um jovem casal com um ar bastante ansioso; enquanto ele ia acelerando com todo o cuidado tentando contornar as perigosas curvas da estrada,
a esposa segurava uma corda que saía pela janela e que estava ligada ao motor, em virtude de se ter partido o cabo da embraiagem!...
Registado
Administração
Administrador
Contribuinte Activo
*****
Offline Offline

Mensagens: 808
Convidados: 4

administracaoescritartes@gmail.com


« Responder #389 em: Agosto 31, 2010, 14:41:38 »

Texto n.º 231

O Alienista
 
A perspicácia o faz ainda re-ver algumas provas. É agradável o deslindar dos pensamentos à sua frente. Fragilmente forte não reagiu quando bateu a chave com força e fez cair a porta. Talvez se assemelhasse àquela fechadura muda que lhe abriu o chão para vê-lo enrijecer o esquecimento de todas as coisas que por insegurança o fizeram útil. Um exclusivista ligou para ser ouvido. Quando quis fazer-se ouvir “só um minuto” não teve garras – seus ouvidos erram os erros da casa – os labirintos de Borges.
 
Registado
Páginas: 1 ... 24 25 [26] 27 28 ... 33   Ir para o topo
  Imprimir  
 
Ir para:  

Recentemente
[Maio 14, 2024, 23:04:00 ]

[Maio 11, 2024, 14:20:30 ]

[Maio 02, 2024, 23:01:07 ]

[Maio 02, 2024, 22:33:10 ]

[Maio 02, 2024, 22:32:40 ]

[Abril 30, 2024, 14:23:56 ]

[Abril 03, 2024, 19:27:07 ]

[Março 30, 2024, 19:58:02 ]

[Março 30, 2024, 19:40:23 ]

[Março 17, 2024, 22:16:43 ]
Membros
Total de Membros: 792
Ultimo: Leonardrox
Estatísticas
Total de Mensagens: 130138
Total de Tópicos: 26762
Online hoje: 804
Máximo Online: 964
(Março 18, 2024, 08:06:43 )
Utilizadores Online
Users: 0
Convidados: 716
Total: 716
Últimas 30 mensagens:
Novembro 30, 2023, 09:31:54
Bom dia. Para todos um FigasAbraço
Agosto 14, 2023, 16:53:06
Sejam bem vindos às escritas!
Agosto 14, 2023, 16:52:48
Boa tarde!
Janeiro 01, 2023, 20:15:54
Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
Março 16, 2021, 12:35:25
Olá para todos!
Março 13, 2021, 17:52:36
Olá para todos!
Março 10, 2021, 20:33:13
Boa feliz noite para todos.
Março 05, 2021, 20:17:07
Bom fim de semana para todos
Março 04, 2021, 20:58:41
Boa quinta para todos.
Março 03, 2021, 19:28:19
Boa noite para todos.
Março 02, 2021, 20:10:50
Boa noite feliz para todos.
Fevereiro 28, 2021, 17:12:44
Bom domingo para todos.
Powered by MySQL 5 Powered by PHP 5 CSS Valid
Powered by SMF 1.1.20 | SMF © 2006-2007, Simple Machines
TinyPortal v0.9.8 © Bloc
Página criada em 0.153 segundos com 29 procedimentos.