ÁGUA FORTE

[arfemo]

ÁGUA-FORTE


Pintei o seu rosto

com a tinta que restava,

diluída,

quase se não via

a minha obra.

mas ainda brilham

os olhos que gravara,

a água-forte, na memória,

e o espelho me devolve,

a toda a hora,

a sua ausência.

arfemo
------------------

arlindo pato mota

[Ana Coelho]

A ausência é um trago forte que envolve toda a existência.

Sempre bom ler a sua escrita

Beijos

[josé antonio]

" A água-forte, na memória" - gostei.
Parabéns por este verso e obviamente pelos restantes.
Poesia sentida e carregada de sentido e não é redundância, não senhor!
Abraço
JA

[elvira]

Fortes são tambem as memórias que carrega! Obrigada por o partilhar connosco.
Bj
Elvira

[arfemo]

à Ana, ao José António e a Elvira o obrigado por partilharem as vossas opiniões e incentivos...arlindo m.

[RosaMagalhães]

Saudades trago pela ausência que fui deixando ser... "longa"
a leitura que te faço simplesmente é bela, só pode ser bela esta leitura

São palavras, outras palavras mas o sentido da voz que deixas em cada uma delas
é igual às mesmas tantas que já te li, noutras paragens

Nesta, agora, misturam-se palavras que leio intimimente e não irei misturar a voz
que me fala enquanto leio,
pareces-me tu nesta escrita
parece-me não ser eu que te leio, parece-me... magia
porque magia é sempre o que me provoca!

Rosa

[gdec2001]

Sim, é inútil tentar retratar a ausência mas ela cala bem fundo na nossa mente e no nosso coração .
Belo poema .
Geraldes de Carvalho

[Goreti Dias]

Uma ausência marcada também nas palavras. Bem marcada!

[arfemo]

à RosaMagalhães, que comentou com um poema de  seda e reencontro. obrigado e até breve. 

a Geraldes de Carvalho, grato pela leitura e apreciação

a goretidias, pelo sentido da presença e das palavras.


arlindo mota

[Nanda]

Arlindo,
Mesmo numa tela desbotada, ainda brilham os olhos da musa inspiradora e saudosa.
Lê-lo é um aprendizado.
Beijo e Feliz Natal
Nanda

[arfemo]

olá Nanda,

a memória, nossa ou colectiva, persegue-nos e inspira-nos: os poemas daí brotam: uns mais lidos outros menos, mas sempre queridos, pois advêm do esforço que não se esgota no reconhecimento - as palavras juntas são
mais que a sua mera soma (se fazem sentido...)

beijo e FELIZ NATAL
arlindo

[Dionísio Dinis]

Impressa a marca indelével do poeta; depois tudo rebrilha por causa da palavra iluminada.

[Caucasiana]

Poesia resistente à água forte da erosão Muito bom

[vilde]

a memória do espelho, é mais forte que água forte.
bj

[Conceição Constantino]

O apelo da memória em palavras fortes.