Guacira
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« em: Fevereiro 12, 2009, 18:39:43 » |
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senão vejamos: seria essa uma história verossÃmil? E qual seria essa verdade? Se a contássemos sob o ponto de vista bÃblico, supondo-se que fosse esse o nosso objetivo, como já me referi, chegarÃamos à historicidade do próprio Continente Africano, que fala da fundação do reino da Etiópia, pelo filho do casal em questão, que, por sua vez, teria recebido do pai as Tábuas da Lei; e aà voltamos outra vez à história bÃblica. Por outro lado, se começássemos pela historicidade africana, tratando da existência dos grandes impérios, sua organização polÃtica e sócio-econômica, as formas culturais de escravidão praticada, etc., retornarÃamos, inevitavelmente, à s referências bÃblicas, porque a fundação do imponente império etÃope nos traria de volta ao filho do discutido romance entre Salomão e a rainha de Sabá. Ainda bem que não é essa a nossa missão e sim, analisar a imensa teia, enquanto construção, que essa história de amor – seja bÃblica ou puramente histórica – representa, assim como a grande variedade de fios que compõem sua urdidura, a base que sustenta texto final. Quanto a Salomão, ser um sábio de nada lhe valeu. Sua sabedoria não o instrumentalizou, não o capacitou a lidar com sua mais humana dimensão: a do amor, transversalizado por outro sentimento (outro fio) tão intrÃnseco à natureza humana e tão difÃcil de ser sublimado, porque arrebatador como ventos fortes, como tempestade: a paixão, o encantar-se. E mais, os homens não sabiam à quela época, nem aprenderam ainda, a renunciar, apesar de ser quase consenso no mundo contemporâneo que eles são mais racionais, porque teriam mais neurônios e os usariam melhor, o que após nossa análise ficou evidente não ser verdadeiro. Concordam que tudo isso não passa de um grande mito?
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