PAGINAS EM BRANCO

[Zélia]

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Algumas vezes, revejo a minha vida

de pouca guarida e muito desencanto!

Tão longe, um lamento lembro, comovida

 - a jovem donzela sofreu um quebranto!


 Sonhos eu sonhei, tantos e multicores,

 porém, ficaram  na poeira da estrada

 pobres e cansados, como esses amores,

 soprados ao léu, ficaram  sem morada...


 Hoje, já percorrido tanto caminho,

 escuto  do coração, triste e sozinho

 mudos lamentos...Palavra não nascida...


Afinal, folheio as paginas em branco

e o meu pranto quente, já não mais estanco

na alma tão ferida... choro a minha vida!

[Goreti Dias]

Os sonhos sempre ficam espalhados pela poeira da estrada... o poema, esse, fica muito bem por aqui...
Um beijo

[Cristina Nunes]

oi Zélia!

um poema que fala de dor, mas a dor na poesia pode ser bela e leve nas mãos de uma poeta sensível como você!

um beijo amiga!

[RosaMaria]

Olá Zélia
Essas páginas em branco.... hoje... podem ser cor de rosa amanhã. Que tal ?
jinhosssss
Rosamaria

[Leto of the Crows]

Sente-se profundamente a dor da "pouca guarida e muito desencanto".

Gostei 

Bjs!

[Mel de Carvalho]

Existir em nós páginas em branco, minha amiga, é o bastante para que o futuro possa ser o que desejarmos. Assim será o deste sujeito poético.

Um beijo, Zélia. Bom trabalho poético este, amiga!

[Marília]

Chore a vida nas próprias mãos e depois lave com ela o rosto para que ele volte a sorrir de novo. Muito belo.

[turtlemoon]

choras e poetas tão bem...mas não te quero ver assim tão triste!o poema está bonito...bjs

[João Videira Santos]

"...já não mais estanco na alma tão ferida... choro a minha vida!"
São imagens poéticas que caracterizam a alma, o sentir poético de cada um de nós.
Não é um soneto a que nos habituou a monarca-mor, mas é um poema...lindo!
Num beijo, os meus parabéns!