Burity
Novo por cĂĄ
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« em: Agosto 26, 2009, 17:02:32 » |
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Impreterivelmente só. Não faz mal, engoliu-te a fatalidade, sim, sensivelmente pelos estoiros da madrugada. Um corpo apenas digerido pelo som silencioso e engolido e partiu como uma nave de asas partidas em direcção ao céu. Bailarina do céu. Por entre as pistas de nuvem, delicado um sorriso que espreita as varandas. - Como era o véu?
NĂŁo, esse nĂŁo, pergunto pelo que usavas vagarosamente pelas pistas vastas de piso transparente, o reflexo verde do teu sorriso, sobre a testa que brilha um iluminado silencio que me levaras um dia destes a viajar por entre as tuas mĂŁos que partem tĂŁo sinceramente quanto a felicidade deixada, ainda hoje, pela esplanada ventosa das tuas imensas tardes a decorar o horizonte repousando nele o dia, que marcara o voo de ĂĄguia sem raiva. Bailarina do cĂ©u. Quando eras sorriso, ou quando sorris, enfim, as nuvens cantam agora e danças desalugada desta casa de fendas, Ă beira de que mar?, sabes tambĂ©m ler o esgrimado silencio, ontem?, nĂŁo, agora, a esfera de metais de ConfĂșcio, do amigo nas estrelas, e quando lias, ou seja, quando lĂȘs logo sinto que dizes, (ou dizias) no mistĂ©rio das palavras o vento sacudia a saia, sim, a tua saia, quando rodopiavas na rua feita loba das estepes onde metes os braços?, dançavas, alias, danças, no corredor do dilĂșvio como qualquer nave rompe o cĂ©u, por entre as estrelas, que estrela!, bicos longos os sapatos, brilham sobre o solo de madeira dessa pista que partiu, musculada a viagem e sem que isso diga de que foras tu feita, apenas a giesta desabrocha o pedestal enfadado e tu aĂ, aqui, nĂŁo!, sentada na escrivaninha, mesinha, sobre a cadeira das madeiras do cĂ©u, nos braços do menino Jesus, na cantoria mais bela um dia, essa nave especial que preenche de recobros os abraços que voavam entretanto, a janela do paraĂso estendida, a calçada aberta e o vento por debaixo como tu na pista como a nave que se prepara e rumarĂĄ, em calmas tĂŁo lindas, num ritmo tĂŁo suave e salutar sem gazes nem fumos nem risos nem gritos nem vozes nem medos! - Bailarina do cĂ©u, sabes isso?
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