Oh! Ah! Ah!

[gdec2001]

OH ! AH ! ah !


ENCURRALADOS NO CíRCULO PENUMBROSO DAS PALAVRAS
CEGOS PELA EXPLOSÃO ANÁRqUICA DAS CORES
DESeqUILIBRADOS NA FOSCA INDECiSãO DOS CAMINHOS POR ABRIR  
SURDOS PELO CHOqUE DOS GRITOS  qUE REBENTAM DO EXTERIOR
ESFARRAFADOS na PERCUSSAO DOS RAMOS qUE NãO SouBEMOS EVITAR
DESLUMBRADOS PELOS FOGOS FÁTUOS qUE LUZEM NOS CEMITÉRIOS DA ESTUPIDEZ
DOBRADOS sob o PESO DA CULPA qUE NãO TIVEMOS CORAGEM DE RECUSAR
CONFUNDIDOS PELO ECO DE VOZES qUE - TALVEZ - NUNCA CHEGUEMOS A OUVIR
MORTOS NESTA SEMI-VIDA  qUE NEM MORRENDO SOUBEMOS MERECER

oh ! ah ! aH ! - deixem-me gritar - devemos dar vontade de rir .


Geraldes de Carvalho

Desculpem . O poema é velho . Foi scanerizado - ou sacaneado(?) - e ficou com uma formatação esquisóide...  

[Goreti Dias]

Sacaneado ou não, ficou excelente!
Bj

[Dionísio Dinis]

Um texto por demais actual, qualquer que seja a época do seu nascimento.Olhar arguto, agudo e consciente sobre a crónica problemática do ser e do parecer, do ter e do haver.Palavras essenciais!
Grato pela partilha das suas sábias palavras.

Abraço fraterno

[gdec2001]

Muito agradecido, Goreti e Dionísio .
V.s são uns amores.
Geraldes de Carvalho

[josé antonio]

Amigo Geraldes,

Venham mais desalinhados...
Abraço
JA

[gdec2001]

Se as minhas gavetas fossem menos desarrumadas seria mais fácil encontrá-los
Obrigado amigo pela leitura
Geraldes de Carvalho