Retorno

[Imprudente]

Aqui estás tu. Sentado no teu vazio.
Uma cadeira. Um olhar envergonhado.
À procura de uma rima que não sai.
De um contentamento que se faça passar

Mas esse sofrimento não sai. É uma nódoa.
E tens a tua cadeira. E o teu olhar.
E um vazio, que não te faz mais especial
Porque nunca o foste. Nessa cadeira.

Contenta-te com isso. Sim, comigo.
Com o não seres vulgar nem diferente.
Porque nada mais te darei. Não o mereces.

Tens as tuas lágrimas. E a tua cadeira.
E a tua solidão. E o teu vazio.
E tens-me a mim. Eu, que te amo.

[Goreti Dias]

E aqui tem o seu lugar, se achar por bem. Seja bem vindo!

[Imprudente]

Grato pela simpatia, lady Goreti. Bem haja!

[Dionísio Dinis]

Uma reflexão que nos faz dissertar sobre o acto poético como acção de relação com o real e o ficcionado.
Seja muito bem-vindo. Faça desta a sua casa.

[carlossoares]

A reflexão também pode conduzir à contração do pensamento/sentimento/pensamento... até pontos de densidade insuportáveis, como se houvesse um ponto de expansão a partir do qual o processo de retorno só páre quando chegar, de novo, ao big-bang.

[gdec2001]

Um tanto contraditório...como o amor .
bem vindo
geraldes

[Imprudente]

Obrigado pela atenção e pela amizade, sr. Geraldes, sr. Dionísio e sr. Carlos!

Abraço,
Imprudente

[Nação Valente]

A boa poesia, mesmo Imprudente, é bem vinda
Abraço.

[Imprudente]

Grato pela simpatia, sr. Nação Valente.

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Muito bom poema, Imprudente!
Seria imprudente pedir mais outros poemas?
Eu mesmo respondo. É prudente querer ler boas letras. Afasta a mediocridade imposta nesta época e traz para o leitor o desejo de também criar novas realidades, reviver, inventar e reinventar.
Enfim..

Parabéns!

Abraço aqui desta terra envergonhada pelos seus (des)governantes, porém belíssima chamada Brasil.

Oswaldo

[Dionísio Dinis]

Saudades desta boa escrita.