SENTADA, NO DEGRAU DA ALMA!

[Vóny Ferreira]

Estarei aqui… à tua espera,
sentada no degrau da alma.
Sem subterfúgios.
Sem ressentimentos.
Sem desistências,
de ti e de mim…
Remendarei todos os sonhos rasgados,
como se fossem papel.
Deixarei que floresçam de novo,
com maior transparência.
Tu sabes…
NOS MEUS SONHOS QUEM MANDA SOU EU!
É nessa teimosia,
coberta de teias de aranha,
que eu vou buscar ao sótão do meu desencanto,
as forças para recomeçar tudo de novo.
Quero que lutes comigo, sempre!
Sempre...
Não desistas de nós,
porque nem tu nem eu,
merecemos a infertilidade da esperança!
Enquanto te espero, aqui...
Sentada no degrau da alma,
deixarei que o vento varra
o temporal do teu coração.
Que limes as tuas incertezas.
Permanecerei na esperança,
derradeira...
De que a chuva que inunda
as tuas recordações,
Forme de novo o velho riacho,
onde regredindo,
Fomos crianças,
Correndo nas verdes planícies,
dos ideais mais do que puros.
Rindo com sorrisos estridentes
a rasgar a fúria do vento…!
VÓNY FEREEIRA

[Dionísio Dinis]

A história não se escreve duas vezes da mesma maneira, apesar das memórias, hoje: é sempre um largar do passado para futuros diferentes.E sempre é grato lembrar o bom das recordações, para que presente e futuro, não fiquem toldados com dias opacos!

[carlossoares]

Vóny,

sonhamos como se tivéssemos as rédeas do destino na nossa mão. Mas, até que ponto a história que escrevemos da nossa vida é mais sobre o que aconteceu ou sobre o que alguma vez sonhamos que acontecesse? Ou mais sobre o que não aconteceu nem sonharíamos que acontecesse...
Não há nada como propormo-nos a ser nós próprios
Abraço.