alma fugidia

[gdec2001]

alma fugidia

O que tenho de mim menos
é a alma.
Ela não aparece
quando eu estou.
Meus olhos não a vêem
nem é sensível
à minha apalpação.
Teus olhos não a vêem
nem é sensível
à tua apalpação.
Se um amigo se afasta
chora às vezes
mas logo se retrai se é apanhada.
Finge não existir
quando eu a quero.
Só no silêncio da noite me incomoda
Murmura aos meus ouvidos
sentidos indecisos
que me fazem acordar sobressaltado
pensando que sonhei,
não a senti.
Mas, alma minha
quando eu morrer
tu ficarás
na lembrança dos que me conheceram
dos que ouviram falar de mim
dos que me leram.
E ali viverás eterna
imorredoura
um ano, pelo menos...

Geraldes de Carvalho
oitenta poemas de muito amor e etc

[Vanda Paz]

De certo mais que um ano, amigo Geraldes

Mas desculpe lhe dizer, a sua alma estava estampada nos seus olhos brilhantes no sábado passado. Em todo o seu esplendor.

Beijo

[josé antonio]

Amigo Geraldes,

A Vanda tem toda a razão e não será válida para um ano, porque potenciada por muitos mais, se possível entre nós.
Também se notou o brilho do seu olhar no Sábado passado e não era resultado do espumante... rs,rsss.
Grande abraço virtual e se possível com alma.
JA

[gdec2001]

Obrigado amigos J. António e Vanda.
Pena que eu não tivesse um espelho para também me deliciar com os meus olhos...
abraços
Geraldes de Carvalho