Eduarda
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« em: Setembro 29, 2010, 18:41:01 » |
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no silêncio cavado da cítara não existem vestígios de remorsos.
por baixo das cordas, há olhos encorpados de serpentes, alheados no meio-dia da veia despertada e pára diante do ventre! por ora se queda na prova do corpo da alga.
como insónia de sono, rasteja na pele da garganta e a palavra grita nos dedos da sala. a morte chega a galope!
a nuca parece sopro de Outono e hirta-se no sumo do relâmpago. no acaso faz-se o resumo da folha do equinócio, que é resto de memória na voz baixo do pânico.
e assim se exprimem as ondas no crepúsculo dos crimes, como se o universo fosse um avesso só.
Eduarda
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Eduarda
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Goreti Dias
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« Responder #1 em: Setembro 29, 2010, 20:25:10 » |
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Imagens muito originais! Parabéns!
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Goretidias
Todos os textos registados no IGAC sob o número: 358/2009 e 4659/2010
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Vóny Ferreira
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« Responder #2 em: Setembro 29, 2010, 20:45:58 » |
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"a nuca parece sopro de Outono e hirta-se no sumo do relâmpago. no acaso faz-se o resumo da folha do equinócio, que é resto de memória na voz baixo do pânico."
Um maremoto de metáforas que nos arrastam para a magia da poesia. Um beijo, Eduarda Vóny Ferreira
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De todos os nomes que me chamares um eu saberei que é meu...
- MULHER!
(Vóny Ferreira)
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Eduarda
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« Responder #3 em: Setembro 29, 2010, 21:33:06 » |
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goretidias,
Sempre o meu obrigada pelo teu comentário. Imagens que saem e não se transformam.
bj
Vóny,
Ja me conheces o suficiente para saber das minhas metáforas.
bj
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Nanda
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« Responder #4 em: Setembro 29, 2010, 22:14:52 » |
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Eduardas, Assim vai o mundo, sem remorsos de qualquer espécie. Muito bem construído. Beijo Nanda
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Tere Tavares
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« Responder #5 em: Setembro 29, 2010, 22:15:55 » |
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...às avessas, quase retas. Sempre haverá curvas. Belo poema Eduarda.
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Escreve também no blog: http://m-eusoutros.blogspot.comTodos os textos registrados nº 540.178 livro 1027 folha 386. Escritório de Direitos Autorais - Biblioteca Nacional
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CAMPISTA CABRAL
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Escritor, poeta, documentarista e roteirista.
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« Responder #6 em: Setembro 30, 2010, 19:04:14 » |
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Não há como não tornar-me fã de sua poesia Eduarda! A tua cítara: tuas mãos. Gostei muito do teu poema!
Beijos para ti!
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Conceição Constantino
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« Responder #7 em: Setembro 30, 2010, 21:24:12 » |
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Uma cítara que se escuta com os dois ouvidos bem apurados.
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Eduarda
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« Responder #8 em: Setembro 30, 2010, 21:48:05 » |
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Nanda,
Palavras ocas para quem planta música em ouvidos moucos, sem culpas ou remorsos.
bj
Tere,
o mundo sempre na sua curvatura de não entender sons.
bj
Conceição,
Grata pelo elogio.
bj
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jessebarbosadeoliveira
Novo por cá
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« Responder #9 em: Outubro 01, 2010, 11:47:01 » |
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E A SUA SENSIBILIDADE POÉTICA CAPTA TODA A ESTRIDENTE ELOQUÊNCIA DESTE IMAGÉTICO MOSAICO SOMBRIO. PARABÉNS!
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ATENÇÃO: TODOS OS POEMAS FORAM REGISTRADOS PELA BIBLIOTECA NACIONAL, SITUADA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SE ENCONTRAM SOB A PROTEÇÃO DA LEIDOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98 DOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98
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Eduarda
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« Responder #10 em: Outubro 01, 2010, 20:21:46 » |
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Jessé,
que bom ler-te por aqui. neste mosaico, a realidade dos remorsos que não se sentem.
bj
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Tino Saganho
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« Responder #11 em: Outubro 01, 2010, 21:41:39 » |
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Gostei muito da profundidade poética do seu poema.
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Eduarda
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« Responder #12 em: Outubro 01, 2010, 21:54:41 » |
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Tino,
Um prazer enorme a partilha.
bj
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josé antonio
Contribuinte Activo
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escrever é um acto de partilha
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« Responder #13 em: Outubro 02, 2010, 10:19:21 » |
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Eduarda,
Excelente texto. Parabéns. José António
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carlossoares
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« Responder #14 em: Outubro 02, 2010, 11:48:29 » |
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Eduarda,
um poema impecável, meticulosamente "tocado", que me reportou a jardins suspensos de Alhambras que existem fora do tempo. Abraço
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Carlos Ricardo Soares
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Eduarda
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« Responder #15 em: Outubro 02, 2010, 16:21:27 » |
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JA,
Sempre o prazer da partilha.
bj
Carlos,
dos jardins de Alhambra saíram tons de cítaras, e talvez de muitas serpentes, mas que e facto nos fazem sair do espaço e do tempo.
bj
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