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Autor Tópico: Um grande amor de um cavaleiro templário  (Lida 1959 vezes)
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betimartins
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Apenas amo a poesia


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« em: Outubro 03, 2007, 18:22:05 »

Um grande amor de um cavaleiro templário
Primeira Parte
 
 
Em muitas épocas passadas, contava-se uma linda história de amor, passando de geração e geração. Linda história de amor entre um cavaleiro e uma bela dama da corte.
Há muitos séculos atrás, viveu a bela dama, que fazia as delícias da corte por tão bela que era. Tinha lindos olhos azuis, rosto de pele clara como a neve e lindos cabelos loiros e fartos, aos cachos, belas formas e um lindo porte de educação e muita gentileza. Ora, sendo o rei um grande ambicioso, sempre arquitectou em sua mente ter em sua posse tal dama por ser tão bela e desejada. Tentou sem qualquer fruto conquistá-la. Ela era muito esperta e sabia como fugir às suas investidas. Sempre de forma gentil, afastava-se dele educadamente, o que cada dia fascinava o seu rei e senhor.
Um belo dia, esta dama de nome Clara, passeava pelos magníficos jardins do castelo, onde as rosas estavam a desabrochar e com elas lindos verdes como se fossem o orvalho a refrescar. Sentia-se no ar o aroma das rosas como leves fragrâncias no respirar...
Sentindo os prazeres dos céus, ela andava feliz e nela resplandecia a sua beleza por tanta delicadeza e cultura, com mistura de bondade. Era como o raiar do dia a despertar.
Todos se encantavam com a bela Clara que tinha uma tal beleza, já falada além reinos, pela sua simplicidade. Ora um dia, um cavaleiro da Ordem dos Templários, homem de muitas posses e muito justo, passou perto daquele jardim, viu Clara e logo ficou encantado por ela.  O amor foi tão forte que não conseguia sequer dormir e ter descanso pois sabia que não podia chegar perto dela porque o seu rei deixou isso bem claro que se não era para ele não seria para mais ninguém. Clara também olhou aquele belo templário que defendia Jesus e as suas convicções e era amigo dos mais desprotegidos, sentindo o seu coração disparar de amor, amor sem explicação que perdia até a razão e a identidade.
Clara mudava cada dia mais, suspirando pelos cantos, cantando como a cotovia, ficando cada dia mais bela por tanto amor que sentia e recebia, segundo a sua ama que a ajudava a encontrar-se às escondidas com o seu amado cavaleiro José. E o amor era cada dia mais forte e belo...
 Um dia, o rei desconfiado por tantas mudanças e também por tantas visitas do seu amigo José, começou a estar atento pois sentia que algo se passava. Percebeu as trocas de olhar onde o amor falava mais alto pois não esconde o que alma sente e necessita. Pediu aos seus servidores mais fiéis que vigiassem a bela dama Clara e seu amigo José, homem que ele pelo seu estatuto, não podia enfrentar pois seria muito criticado.
A cada dia aquele amor entre Clara e seu amado José crescia a olhos vistos. Era lindo ver os dois juntos, era como se nada mais existisse no mundo, eles só tinham olhos para si mesmos, o mundo nada valia e nada dizia somente aquele amor proibido o que o fazia crescer ainda mais.  Todos começavam a desconfiar de tal harmonia que nos dois havia e transparecia, onde se sentia o despertar do seu ser como se o mundo já nada representasse para ambos. O rei, cada vez mais furioso e com raiva por tanto amor que via, arquitectou algo tenebroso, pedindo que o cavaleiro fosse combater num lugar longínquo para que a sua nação fosse mais conhecida por todos, sabendo que era um homem de Deus e justo argumentou que seria para bem de todos e da Ordem dos Templários pois levaria a palavra de Jesus para terras distantes.
Assim partiu um grande grupo de soldados para longínquas paragens a fim de lutar e levar as palavras de Jesus sem conhecer a maldade do rei seu amigo que nesse grupo enviou um homem de sua confiança para assassinar o seu amigo José.
Clara estava destroçada e sem saber o que fazer pois sabia no seu coração que algo ali estava errado e que algo terrível iria acontecer. Pediu ao rei seu senhor que tivesse clemência pelo José e não fosse cruel. Todos os dias ela estava prostrada no portão do palácio para saber notícias de seu amado, já nem comia nem dormia e era como se seu coração partisse a cada dia na saudade e no amor que sentia por ele. Nos olhos alegres e brilhantes, via-se a tristeza e a vida a definhar a cada dia que passava.
Nas terras bem distantes e com muitos inimigos e muita terra desconhecida, o cavaleiro José lutava como distinção, mas sempre a pensar que logo voltaria para os braços da sua amada, pois pensava ele que fazendo esta vontade ao rei ele iria permitir o seu casamento.   Já no final da sua cruzada, onde o sangue e dor eram demais, ele estava destroçado e cansado e já sem forças, mesmo estando a ganhar os terrenos e sendo amo e senhor daquela batalha. As saudades da sua amada eram grandes e só queria voltar para os seus braços e morrer neles.
Era como se algo fosse além espaço e fronteiras, eles sentiam a agonia um do outro, tal era aquele amor que nada os separava. Ele chorava noites a fio a pensar nela e ela fazia o mesmo a pensar nele, mas sempre encontravam as forças para viver, para poderem estar juntos nem que fosse um minuto na vida. Já no final da sua missão e batalha, o soldado contratado pelo Rei, durante a noite, vai sorrateiramente à sua cama para matar José. No seu sono de morte, ele ainda luta pela vida mas o golpe de espada foi grande demais rasgando-lhe o seu ventre e esvaindo-se em sangue, sem parar. Ouviu-se um grito de dor naquela noite fria e sombria, no acampamento, uma dor que rasgava a noite e arrepiava quem lá passou e acordou. Ouvia-se no silvar do vento o grito de dor e na sua voz já fraca, murmurava o nome de Clara, correndo este som pelo vento na noite gelada.
Sua amada estava a dormir e acordou a gritar com os seus lamentos dilacerando a alma, cuja dor era tamanha que não conseguia falar e dos seus belos olhos jorravam lágrimas, sem poder conter a sua dor. Todos no castelo acordaram com os gritos que rasgaram o silêncio da noite fria. No seu quarto sombrio e pouco iluminado ela sentiu um frio e uma brisa no seu rosto e um toque suave afagando e consolando a sua dor. Ela sabia que era o seu amado que partia deste mundo e se viera despedir para ir para junto de Jesus.
Todo o castelo estava em alvoroço e ninguém entendia o que se passava ali. Clara já definhando na sua dor a cada dia, esperava na porta do castelo pelo corpo do seu amado e senhor para poder beijar-lhe as faces e partir com ele também., sendo enterrada junto a ele numa lápide comum que ela já tinha combinado com a sua ama.
Chegado o dia em que regressam os bravos cavaleiros e com eles trazem o corpo do seu senhor e chefe, entregam-no ao Rei como se soubessem o que ele tivesse feito contra o seu amigo. Trataram do funeral e com honras de estado,  com todos os templários presentes, num cruzar de espadas em sua homenagem. Então,  Clara pega na espada do seu amado e enfia-a no seu corpo,  no mesmo lugar onde ele tinha sido ferido, e caindo morta em cima dele.
Todos desatam aos gritos na corte e choraram de emoção, de tanto amor que ali existia... Era um desterro naquele reino, tendo até por fim o rei se arrependido do seu acto cruel e egoísta.
Mandou fazer uma linda capela onde colocou os dois a repousar com uma inscrição onde todos podiam ler:
"Aqui jaz um nobre cavaleiro e sua amada. Nem o tempo nem a inveja separaram o seu amor."
Hoje,  num tempo em que já a alta tecnologia junta as pessoas além fronteiras e além mar em que as distancias passam não passam de uns simples segundos, se cruzam estes mesmos amados e amantes, onde os olhares falam mais alto e nem precisam de ser apresentados.  O coração fala mais alto do que a própria razão e reencontram-se para viver o seu amor interrompido no passado e que deve ser resolvido neste presente.
 
 
Betimartins

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Betimartins
Goreti Dias
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« Responder #1 em: Outubro 04, 2007, 16:41:17 »

Adoro os teus contos...
Um grande amor que nem a morte separa, um amor bem ao estilo romântico... uma boa escrita!
Um beijo
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Goretidias

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britoribeiro
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« Responder #2 em: Outubro 17, 2007, 22:16:07 »

Tenho pena de já não haver trovadores para cantarem esta tragédia. Muito interessante, gostei.

abraço
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betimartins
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« Responder #3 em: Novembro 03, 2007, 13:32:17 »

Ola Bom dia

Desculpem não ter agradecido os vossos gentis comentarios mas tenho um marido bastante doente e as vezes desapareço por cansaço e tristeza.
Mas fico feliz por terem gostado do meu conto
Mas esperem a parte dois do conto
Bjs
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Sejam bem vindos às escritas!
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Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
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Boia noite para todos.
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Boa noite feliz para todos.
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Bom domingo para todos.
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