Nação Valente
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outono
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« em: Março 13, 2017, 20:10:32 » |
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As meninas estavam referenciadas, como altamente competentes no seu mister. Marquei o encontro por telefone. Apresentei-me à hora combinada. Toquei à campainha do número 69 de um espaço dúplex. Abriu a porta uma menina de grandes e profundos. olhos pretos. Fixei o tamanho desmesurado das pestanas. Pestanejou. -Olá, disse. Chamo-me Diano… -Oi, disse a moça, com sotaque abrasileirado.. Estávamos à sua espera. Seja bem-vindo. Faz favor de entrar. Sente-se e espere um momento. Fiquei à espera numa salinha, com ar acolhedor. Paredes de cores neutras, uma pequena secretária, um maple de aspecto confortável, onde me sentei. A menina com ar de mestre-de-cerimónias pegou num telefone e anunciou.- -Podes vir. Já chegou o cliente. Pouco depois apareceu outra moça. Chamou-me a atenção, o cabelo curto, e cor de fogo Ao aproximar-se notei algo invulgar. Os olhos tinham cores diferentes. Um era azul mar, o outro, um azul mais esverdeado. Olá, é o senhor Diano. Que curioso. Eu sou Diana, mas todos me tratam por Di. Acompanhe-me. Segui a menina por um corredor com várias portas. Introduziu-me num espaço com uma cama, uma cadeira e uma pequena mesa. -Esteja à vontade, disse Di, com um aberto sorriso que deu para ver uns dentes bem alinhados. É a primeira vez? Não menina Di, retorqui. Ou melhor, aqui neste lugar é a primeira vez. Como é óbvio, já tenho idade suficiente por ter de passar por estas experiências. -Okey, Diano. Pode despir-se e deitar-se. Vamos começar por uma massagem relaxante. Depois vai sentir a temperatura a subir um pouco. Faz parte. O pudor é uma maldição que se nos cola à pele há gerações. E por mais modernista que queiramos ser, não lhe conseguimos fugir Despir-se perante estranhos causa sempre algum constrangimento. É certo que me tinha preparado. Tomei um banho com sais perfumados, mas com toque masculino, como deve ser. Untei-me com cremes para apresentar a pele sedosa, mas hesitava. A expressão serena da moça descontraiu-me. Aproximou-se para me ajudar. Reparei então nas suas mãos, pequenas e finas, com umas unhas bem tratadas. Talvez unhas de gel, decoradas com variados motivos. Vestia uma espécie de bata, discretamente cintada e abotoada a frente. Decerto adequada à função. -Prefere que me deite de costas ou de frente? Perguntei - Para começar fica de barriga para baixo, temos qua aliviar a tensão lombar. Sem isso nunca se consegue atingir a descontracção fÃsica e mental para um bom desempenho. Depois vamos mudando para outras posições. Debruçou-se sobre mim e começou a sua tarefa. Estava a ficar agradado. Parecia-me estar nas mãos de uma verdadeira profissional, bem preparada para a sua função. E que mãos, posso dizer. Foram percorrendo, com sabedoria, a pele e os músculos como se os conhecessem na intimidade. A continuar assim talvez o nirvana estivesse próximo. Fechei os olhos e deixei-me levar. Nestas coisas, palavras só atrapalham. Apenas ouvia a sua respiração. Apenas sentia o discreto perfume da sua juventude. -Está a ficar mais aliviado, perguntou Diana -Quase aliviado. Está a ir muito bem. Pode continuar. Quando terminou, abri os olhos e vi Diana sorridente e confiante no seu trabalho. -Venha amanhã à mesma hora. -Já amanhã? Outra vez? -Claro, cavalheiro. Nestas coisas o mÃnimo são dez dias seguidos. Vai ver que aguenta. Depois do que se passou, tenho de confiar na Diana. Garanto que saà mesmo muito aliviado. E recomendo o serviço das meninas, a quem precisar. Uma tendinite não é pera doce. E agora até já posso voltar a teclar para escrever a crónica do Cota-Diano.
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