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Autor Tópico: O ANJO E A PUTA  (Lida 2114 vezes)
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Vitor da rocha
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« em: Junho 20, 2010, 01:29:36 »

O ANJO E A PUTA

4º

Mais remediada que pobre é a família onde Eusébio nasceu. Até à idade da escola andou agarrado às saias da mãe, filho único, sem se saber se ruim era a semente de seu pai ou o campo da mãe, sem estrume, de modo que os primeiros contactos com os outros rapazes foram dolorosos. Uns pontapés nas canelas, socos nas costas, foram os primeiros cumprimentos dos mais velhos e ao verem que se encolhia e não devolvia o troco tomaram o gosto ao bombo da festa. Contudo, nas letras revelou-se mais vivo que todos os outros juntos, e foi a sua salvação, por tal se livrando de mais bordoada, pois que para que ele os deixasse copiar ou lhes fizesse os deveres meteram a mão no bolso e abandonaram o massacre. Mas, fora essa precisão, puseram-no de lado, incapaz de atirar pedras a distância que se preze, de subir a árvore, de acertar com o mijo no formigueiro a um metro de lonjura, de se espolinhar no pó do chão agarrado aos cabelos do inimigo. Humilde, disse o professor Dinis para o pai, no fim da quarta classe, um dos poucos que chegou ao termo da escola, e logo com umas provas dignas de futuro doutor, a maioria desistiu e outros reprovaram, humilde e inteligente, senhor Óscar, o seu filho tem uma rica cabecinha, é pena se não seguir adiante. Mas adiante para onde, senhor professor?, não tenho posses para pô-lo a estudar, mesmo para deixá-lo andar até à quarta já foi um arco da velha, com precisão do rapaz nas leiras, que é o único braço com que eu e a mulher podemos contar, e o trabalho de menino é pouco mas quem o rejeita é louco. Cofiou a barba o professor Dinis, barba bem aparada, barba de senhor de letras e saber, pintalgada de branco de longe em longe, pois é, senhor Óscar, tem razão, mas olhe que é uma pena, tem ali um filho que podia ser um doutor, ou talvez um padre.
Doutor ou padre, senhor professor?, com respeito do senhor, não me faça rir, que até me dá vontade de chorar, ora vejam lá, nascido no meio de porcos e dos machos, rumelento e ranhoso, sem dinheiro para lhe comprar uns sapatos, e o senhor professor vem-me com essa de pô-lo a estudar pra doutor ou padre. Não alcanço tão alto, senhor professor, saber ler já é mais do que o que eu tive, e agora daqui para a frente é aprender a vida, os trabucos que ela nos dá, e ser um homem honrado, que não é pouco nos tempos que correm.
Mas o professor Dinis, apesar de letrado, era mais teimoso que um burro, e por via disso moldou o futuro do filho do senhor Óscar, condenado à lavoura desde há milénios, atrás do macho e da charrua. Deixe estar que eu vou ver o que se arranja, não vamos deixar uma inteligência assim mirrar por aí nos campos do demo. Meu dito, meu feito, não desarmou o raio do homem, e semanas depois tornou a procurar o pai do Eusébio, ao entardecer, adivinhando a sua chegada das terras, e recomeçou a conversa sobre o futuro do rapaz. Pois, senhor Óscar, estive em contacto com uns conhecidos, gente graúda, e contei-lhes o caso, e já cá canta a promessa de que se pode arranjar qualquer coisa. Olhe, até já o posso levar amanhã para o matricular num seminário do Porto, vai estudando por lá de graça, e depois quando chegar a altura decide se veste a batina ou não, que o rapaz tem humildade e coração para dar um rico padre não tenho dúvidas, mas mais tarde, quando lhe nascerem os pêlos e a crista de galo, quem sabe o que pensará o Eusébio?
Em silêncio ficou o Ti Óscar, a mirar o filho, que se chegou a pedir a bênção ao senhor professor e envergonhado prosseguiu a tarefa de acartar um balde de água para dentro. Padre, o meu filho um senhor abade, sem calos nem costas vergadas ao braseiro, sem ter que se derrear sobre a terra, cabeça baixa para sempre. Olhe, senhor professor, tolher o futuro do catraio não vou fazer tal, o senhor professor, se entende que assim é melhor e não vai ser preciso gastar um tostão, e se fizer o favor de tratar do assunto, pois de mim não ouvirá uma palavra contra. Os campos cá ficam e hão-de ser cultivados.
Abalou assim o Eusébio, ao lado do senhor professor Dinis, no comboio para o Porto. O medo do desconhecido enregelava-o, para trás ficava uma vida e pessoas que conhecia, à sua frente estava outra vida e outra gente de que nunca ouvira falar. Ia estudar para padre, assim lhe dissera o professor, no meio de outros rapazes que também estudam para ser padres. Só a presença do professor a seu lado o confortava, subjugados o temor e o respeito que ele sempre lhe infundira pela ânsia de estar junto de alguém que conhecia. Escondida, no cérebro aparecia-lhe, a espaços, a ideia que o professor não ia ficar com ele no seminário, e então estaria só, rotundamente só! Desejava que o comboio nunca mais chegasse, contava os minutos que passavam e calculava os que faltavam, ouvira o professor Dinis falar em seis horas e nesse número se baseavam os seus cálculos, hábil na lógica matemática como nunca apareceu nenhum aluno às mãos do professor Dinis. Por instantes esquecia-se de si e despertava o espírito curioso, olhando o rio Douro e as quintas incrustadas na encosta, com fileiras de videiras aos milhares, o nome das estações.
Mas foi sem propósito tanto sofrimento. Afinal, passados os primeiros dias e semanas, em que se assemelhava a coelho tímido pronto a enfiar-se na lorga ao menor sinal de perigo, começou a dar-se bem com os outros rapazes, em cujas feições via os mesmos medos e desgraças, os mesmos ares de desterrados e a comunhão dum destino igual. Ninguém lhe bateu, a modos de cumprimento, que o terror vinha mais dos padres, mas com esse terror podia ele logo que aceite pelos companheiros. Passou a sentir-se melhor no seminário que na sua terra, onde aumentava o desejo dos rapazes em escorraçá-lo, persegui-lo e golpeá-lo ao som de pandeiros na garganta, padreca, maricas, dás o cu, usas saias como as mulheres, ao que retorquia com a turrice de se meter em casa e não sair à rua. Era um martírio sempre que o pai o mandava levar os machos à fonte, ao fim da tarde, ou as vacas e a borrega para o pasto rinçar verdura. Evitava as ruas mais percorridas pela gandulagem e pelos caminhos do monte rezava para que nenhum lhe aparecesse, pelo menos sem a companhia do pai, que servia de água para esfriar a fervura.
Por entre os meses de estudo e convívio no seminário e as vindas à aldeia no Natal, Páscoa e meses de Verão aviaram-se três anos, e o quarto já ia na conta. Na aldeia contava os dias de retorno ao seio dos colegas do seminário e até o terror inicial dos abades foi esvoaçando do seu peito, tão raros os castigos que apanhou, que bem razão tinha o professor Dinis sobre a sua humildade. Humilde, sim, a suspirar por um sorriso do colega do lado, por uma conversa com ele, por um elogio do senhor padre na aula, tão humilde que não foi necessário o uso de bordoadas e castigos por parte do reitor ou dos padres. Pelo contrário, a sua humildade despertou-lhes pena e confiança, seus aliados, a ponto de muito se admirarem se um aluno o acusasse de acto indigno.
Com o rompimento de pêlos no buço e partes íntimas vieram-Ihe os primeiros impulsos de se acariciar e dar largas à imaginação com mulheres e raparigas do além. Contra o vício solitário ou comunhão de mãos nos instrumentos apregoavam os padres, com ameaças de inferno e condenação eterna, além de olho aberto sobre os suspeitos, todos os que engrossavam a voz e mostravam tufo de pêlos sobre a beiça. Mesmo assim, Eusébio era alvo menor, os olhos vigilantes dos abades displicentemente a mirá-lo, confiantes na sua timidez e recato. E foi quase com pavor que, no silêncio e negrura duma madrugada no dormitório, a sua mão roçou e coçou o sexo até o formigueiro crescer e vazar líquido pegajoso por entre os seus dedos trémulos, as pernas a estremecerem sem ele o poder impedir. Apressou-se a limpar as provas do pecado ao lenço das calças estendidas ao fundo da cama, e aguardou de olhos abertos e fixos no tecto a condenação ao fogo, quando afinal o sol rompeu pela janela, como todas as manhãs, e nada aconteceu.
Prendeu-se ao vício solitário como musgo ao tronco duma árvore, e uma e outra madrugada vislumbrou outros braços que se mexiam debaixo dos cobertores, como o dele. Tornou-se tal acto a única fonte de terror nos tempos que passou no seminário, terror de que fosse surpreendido pelo vigilante ou por colega acusa-cristos e publicamente fosse relatada a sua vergonha, para ouvir as eternas risadas nas suas orelhas e faces metidas em braseiro. Passou então a suportar melhor os dias de férias na aldeia, onde todos tinham mais que fazer do que vigiar suas mãos e os lugares isolados para o prazer eram muitos, na loja, com o cheiro do estrume a entrar-lhe pelas narinas e a palha a estalar sob os espasmos da perna, palhas que depois recolhiam o suco branco e facilmente o disfarçavam, no quarto, à hora da sesta, abandonado sozinho pelos pais, que abdicaram do seu esforço no cultivo dos campos, o pai a treinar-se já no tratamento devido a senhor padre, o seu filho, sem lhe exigir as caminhadas para as leiras, ou no monte, atrás das giestas ou dos barrancos, quando levava as vacas e a borrega pròs lameiros, única tarefa do mundo do seu pai que este o obrigava a compartilhar. Neste mundo não cabiam as desinências do latim, nem os senos e co-senos da matemática, ou os verbos e poemas da língua materna, tão afastado deles e do seu universo como a lua da terra. Mas no mundo do Eusébio também não tinham lugar as datas das segadas ou plantio das nabiças em função da madre natureza, nem os segredos da enxertia, nem a descrição dos esforços de cada dia, ou o trato com enxadas, sachos e arados; íntimos com ele, Eusébio, apenas os livros do seminário e o prazer no segredo e solidão da mão.
Uma tarde de Agosto, foi recolher as duas vacas e a borrega do lameiro, onde o regato, mais ténue que fumo de foguete no céu, mantinha a verdura na erva, no meio do amarelo dos terrenos ao lado, mais secos e torrados que amendoim. Abriu o cancelo e de varita em punho encaminhou os animais para o pó do canelho. Tilintavam as duas campainhas do cachaço de cada vaca e a borrega dignou-se protestar contra as horas ainda impróprias para o abandono do banquete. O sol descia as escadas do firmamento e aproximava-se das copas dos pinhos, aliviando a cozedura da pele das costas dos cavadores. Em santa pacatez seguia atrás do vivo, pontapeando um calhauzito, arrastando as botas pelo pó no inocente divertimento de ver a poeira levantar e aterrar, assustando com a vara lagartixas desprevenidas a aproveitar os últimos momentos do banho de sol, tentando cortar-lhes o rabo para sentir a estranheza de o ver remexer-se solto do resto do corpo, mas os bichos eram mais lestos que a vara e escapuliam-se a tempo. Olhando sobre o muro que ladeava o caminho divisou ao longe um vulto, no meio de feijoeiros de sequeiro anões, saca presa à cinta, entregue à tarefa de colher e ensacar as pérolas. Não descortinou quem era, apenas que se tratava de uma mulher, larga de ancas e rabo enorme, arredondado pela saia preta. Dobrava-se sobre os feijoeiros, inchando assim a zona anal, semelhante a enorme melancia de pelica aveludada. Ligou-se a bateria no seu coração, que desatou a pulsar velozmente, desavergonhado, e estremecimento pecaminoso correu o seu corpo, desde as linhas de cabelo até ao subsolo da barriga e músculos das pernas. Agachou-se atrás da parede, metendo um olho por frincha entre as pedras, como fazia à coca de rola que procurasse grão perdido ou revolvido em lavradio recente. O tambor no peito batia contra as pedras do muro e ecoava nos seus ouvidos como som de fanfarra. Do seu sentido escapuliram-se os animais, que, alheios a desejos, seguiram o seu caminho em marcha de campainhas. Foi isso que chamou a atenção da Maria Grila, pois outra não era a recolhedora das sementes. Com natural curiosidade de pela catadura dos bichos que tilintavam no caminho descobrir o dono que os possuía, endireitou as costas, gingou a cintura e olhou para o canelho. Por causa da altura do muro apenas lobrigou os cornos das vacas, já anunciadas pelas campainhas. Seguiu-as no seu destino com os olhos até que estranhou não ver ninguém atrás dos animais. Percorreu visualmente meia centena de metros no caminho atrás do rabo das vacas, mas nada de bicho homem, graúdo ou catraio. Aquilo fez-lhe espécie, duas vacas sozinhas em direcção à aldeia não é habitual, ainda que fosse uma burrica vá lá, pois que é besta com tino para acertar com a loja e não se extraviar pelo caminho nem ameaçar cornadas em incauto. Desapertou o saqueado de feijões da cinta, atirou-o para terra e, a modos de quem não quer a coisa, aproximou-se da parede. A meia dúzia de metros sentiu restolhadoiro fugidio de lagarto de metro e meio e, assentando o nariz sobre o muro, vê encostado ao mesmo, à distância de um aguilhão, acachapado, qual caçapo assustado a fugir à raposa, um rapazola, em quem só a custo descobre as feições do filho do Ti Óscar, o tal que anda a estudar para padre. A cobra e o pássaro fitam-se, namoram-se, enfeitiçam-se, nenhum deles sabendo se é o réptil ou a ave. Eusébio conhecia bem a Grila, em sonhos dormira com ela e possuíra-a em todas as variedades, mulher pública a permitir e fazer germinar esperanças de potros. Não mugiu quando ela, sobre a sua cabeça, se aproximou, estourando de medo o coração mas pulsando o resto do corpo em expectativa.
Espreitavas-me?, foi a primeira palavra oferecida pela Grila, ao que ele respondeu com os olhos no alto, fitos na cara da mulher, e boca mais cerrada que o portão dum calabouço. Primeiro, vai apanhar o vivo que já vai longe e se o teu pai sabe que os deixaste pelo caminho sozinhos mói-te o corpo, tão certo como estares aqui e quereres provar-me, mete-os pelo cancelo além à frente que logo está aquele pinhal, onde os animais ficam sossegados e podem terminar a refeição, e eu espero-te lá bem no meio. Vai, mexe-me essas gâmbias, se queres ir pró céu dentro de mim, e ele desandou num pé e correu no outro, igual a camelo sequioso a cheirar água de oásis, varada e aguilhoada ora no lombo da Malhada ora da Vermelha, obrigou-as a meter marcha à ré e guiou-as pró cancelo e daí pelo carreiro fora até ao pinhal. Estranhos, os bichos quedaram-se uns momentos sem abrir boca, desconfiados da mudança da rotina, até que, dando de ombros, baixaram a cabeça e continuaram a busca de manduca, a ovelha, menos fidalga, a procurar verde em palheiro de agulhas e caruma. Por entre as grades dos pinhos divisava o vulto da Grila, abaixada sobre os feijoeiros, colhendo mais uns manhuços de vagens, e disfarçando a caça da galinha que preparava, aos olhos de invisível curioso que de longe se sentisse espectador da acção de graças.
Cinco minutos bondaram para que os olhos invisíveis de mulher do soalheiro não associassem o desvio do caminho rotineiro das vacas e do rapaz com a pausa da Maria Grila e sua caminhada para a sombra dos pinhos onde em silêncio de oiro pega na mão detentora do segredo do moço e o puxa para o interior sombrio e resguardado de ventos e de olhos, de sol e más-línguas, de vergonhas e pecados, fá-la navegar por suas ancas e nádegas e meloas mais que maduras dos seios, caminhando a sua pela seara virgem e nascente do peito do anjo, pelas ramagens desgrenhadas do cabelo até que, maternal e solícita, cansada do gozo de fazer esperar, a faz descer ao encontro do vulcão a inchar – assim inchassem em segundos os frutos da terra! –, libertando-o do fecho éclair e escondendo-o no ninho da sua mão.
Terminados os preparos da terra, a lavra e a escavadela, o revolver de torrões, é altura de botar semente, muito bem o sabe a Grila, terra de tantas sementes e regas. Arregaça saia e combinação, metendo pelos olhos do moço a sua primeira mata negra, estende-se sobre o tapete de agulhas e giestas secas, derreando consigo a infância do anjo, e num relâmpago faz-Ihe crescer a barba e os músculos, a bravura da voz e a agudez dos olhos, a tolerância de si próprio e dos outros, igual entre os iguais, cortando-lhe as asas, e no preciso momento da morte da crisálida renascer da pele o homem que depois virá a ser ministro de Deus e pastor de homens. Provada a carne de borrega do rebanho, Eusébio está pronto para vir a ser um bom pastor. Nas férias, habituou-se a comer do prato oferecido pela Grila e perdeu o receio do regresso à terra e aos colegas, e estes, vendo-o assim com a baba e o unto da refeição nos lábios, foram abaixando a cachimónia, espaçando as provocações, até que, um dia, Eusébio e outro se engalfinharam, como galos de boa crista. Meteram todos o rabo entre as pernas à vista do sangue dos dois contendores e nunca mais abriram bico para achincalhar as futuras saias do filho do Ti Óscar.
Ordenado padre, cirandou de ceca em meca, em cada povoação escolhendo sempre uma ovelha para nela se deleitar, e, por fim, já com a coroa calva na cabeça, e depois de muitas insistências junto do bispo de Bragança, logo a seguir à morte do padre Alcino, foi-lhe entregue a paróquia da sua aldeia. Na porta dos oitenta, a Maria Grila ficou entregue a ossos, rugas e pele engelhada, evaporados todos os encantos, apenas os restos amontoados a um canto do prato. Então, com a vinda do padre Eusébio, pôde finalmente fazer as pazes com a casa do Senhor, pela porta grande, com um amplo sorriso de boas-vindas, voltou a ajoelhar na janela do confessionário e a contar os pecados de meio século, quando era pasto dos varões da aldeia, e recebendo prontamente o perdão da boca do novo padre. E sempre que na rua a encontrava, arrimada ao cajado, de negro coberta, como a mata que primeiro lhe mostrou, padre Eusébio dava-lhe a mão e demorava-se a perguntar-lhe pela vida, pelo filho, netos e bisnetos, pelos caminhos que percorreu, pela saúde e pelos anos, e a desejar-lhe e a prometer-lhe outros tantos, e tão bem empregues.
« Última modificação: Junho 21, 2010, 14:16:09 por Vitor da rocha » Registado
Nanda
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« Responder #1 em: Junho 20, 2010, 08:00:58 »

Vitor,
Li de um fôlego só e fica a promessa de dar continuidade à leitura.
Depois falamos...
Beijo
Nanda
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Vitor da rocha
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« Responder #2 em: Junho 21, 2010, 14:19:32 »

Olá, Nanda
Obrigada. Mas agora  o conto já está por ordem.

Cumprimentos
Vitor
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
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Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
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Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
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Boa noite!
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Brevemente, novidades por aqui!
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Boa tarde
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Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

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Boa noite feliz para todos
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Olá! Boas leituras e boas escritas!
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Boa noite a todos.
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Bom domingo para todos.
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Boa semana para todos.
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Boa tarde a todos.
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