vitor
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Olá amigos.
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« em: Janeiro 25, 2009, 00:32:27 » |
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Quero enfim calar este despojo sem rumo, este vagar inventando silêncios onde com toda a certeza sinta desvanecidamente acalmar-me Ãmpetos sem destino é neles acredita Pandora, que escrevo palanques ressequidos sem mão a voz pútrida de breve vadio esta vida, a vila dos aposentos refastelados com que calma, a cama ambulante por dentro eu, dentro dum sono fugaz que não durmo seco que estou contigo e tu, quero um café ao menos, um copo de alma de janelas e só tu turva por entre as badanas lúdicas eu me disperso contigo, só em ti este reflexo sem sala à janela o pomar a sala o vento nos vem comigo fica, quero portes e bagagem e a portagem das vozes diz que me beijas que importa ausente, o Pundonor da morte e mala suave e fechada, aberta e nada ou tudo, todos os meus incólumes instantes são de mal a ti como se a dor te enferrujasse a saúde dos instantes neste cadafalso seco de beijos embriagados meus os lábios sem ti, beijo, deixa ao menos uma vez na vida apenas, aceita o silêncio como eles entrincheirados na amazónica distância da vontade de me ser algo aqui ou que durma ou que queira o que quero, ah, quero, não sei quando, porquê, vou de mim por aÃ, carreiros emprestados pela ocasião ou a circunstância que me dá a vida ser-me de mim um tu que fosse como tu forte de garras metálicas a esbracejar o coração da terra, no laranjal ainda calculo talvez não importe mais nada adiantar, na sala também sabes, seco sobre as tuas mãos sem esquerda nem direita nelas apenas, no centro onde incidirem mais ventos que destino diz-me se me queres neles tantas vezes, se dormes ouvirás a lenga amorfa lamuriando na rua este pedinche de ti, calço a calço visto o frio e sigo a frio nomes deste rio quantas vezes uma lágrima despojada no falecido real o meu peito de morrer, o salitre rude na branca longa da janela de contornos vorazes sem contornos, cantos dispersos sem adornos, o cortinado incolor sobre o fundo sem olhos não vejo mais que senti-lo e dizer dele como a cor de tons não sei como são, rodilhas no corrimão e ruÃdo ao puxá-lo, estico os braços da dor azul dos silêncios do meu resto castrado numa vÃscera qualquer e falo como se ele como tu me ouvissem sem resposta tu dizes amor, amigo sabes o que é na janela só, eu Pandora contra ti num arrojo fanático rasgar contigo esta ausência onde estás? Queria o sabor de ouvir-te, saciar-te se me tocas, ou a fúria ou a folia ou a vida, enfim, a vila é isto. A rotina talvez me faz nada aqui em ser-me nenhum.
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