betimartins
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« em: Janeiro 03, 2008, 16:56:07 » |
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O poeta boémio Era um belo senhor, com seus 45 anos viúvo, bem apresentado com belas vestes de senhor da cidade. Chegou a aldeia e provocou alvoroço total, todos os habitantes queriam saber quem era ele pois alugou uma das mais lindas casas da aldeia. Uma bela casa na colina onde se via o rio Douro, as videiras eram todas bem alinhadas e pelo rio se via as caravelas transportando os pipos de vinho do porto para o grande Porto a cidade Invicta. Era um bela aldeia, onde tudo estava bem cuidado os seus habitantes sentiam muito zelo pela aldeia e gostavam de mostrar tudo na mais perfeita ordem. Ora um estranho na aldeia embora com todo o aspecto de pessoa culta pois sempre se acompanhava de livros no seus passeios pela aldeia, gentil e sempre cumprimentando os demais. Mas reservado não falando com ninguém sempre mantendo as distancias de todos da aldeia, tinha uma criada na casa para cuidar das suas coisas, uma senhora rude, de feições rosadas e fartas carnes quase redonda de tanto comer. Simpática e alegre como todos aqueles que sentem o prazer da gula e se deliciam no prato de comida, era crivada de perguntas sobre o senhor que estava na aldeia o que ele fazia em casa e porque estava ali. Nunca respondia pelo zelo de sua profissão sabia que podia ser despedida pelas fugas de informação mas sentia um formigueiro na lÃngua por não poder falar tudo o que fazia e sabia. Ora um grande poeta que saiu da cidade para esquecer a morte de sua esposa tão amada que morreu no parto com o seu bebé, buscou na beleza do Douro o seu descanso e até para escrever sobre a suas experiências, sobre o seu belo amor com a mulher dos seus sonhos mas que perdurou tão pouco pois Deus a levou com ele. Sentia culpado com a sua insistência para ter um filho dela, já fora da sua idade embora ainda com 40 anos era seu primeiro filho e com ela estava com medo de perder a criança tão desejada pelo marido. Foi uma bela historia de amor, com tantos impedimentos, tanto sofrimento os seus pais não permitiam a união desta bela jovem com o boémio poeta, pois a sua linhagem vinha ainda de sangue azul, descendiam dos Condes de Barcelos e tal partido era impensável para sua filha. Ela era bela, fartos cabelos negros, olhos azuis, grandes, pele branca e magra, era uma das meninas mais cortejadas da fina sociedade. Era mimada, rodeada por muito carinho parecia porcelana pronta a quebrar. Ora um dia naquelas festas de alta sociedade a bela Isabel se cruza com o mais boémio e poeta que estava no rubro e sendo divertido era uma presença muito desejada. Ela se esbarra com uma manobra de dança mal equilibrada e bate de frente com o olhar dele que a despia até a alma de tal beleza que via. Era conhecido como o poeta Fernando, logo se apresentou e meteu conversa com ela e não a largando mais, passou rápido demais o tempo passado com ele e logo acaba a noite para sua desgraça. Fernando caiu de amores por ela e Isabel igual, andando os dois a suspirar pelos cantos ansiosos por voltarem a se encontrar. Os seus pais proibiram qualquer tipo de contacto e ela recusou se casar dizendo que jamais casaria com quem não amava. Fizeram juras belas de amor, Fernando mudou o seu tipo de vida começando a escrever cada dia mais para ser respeitado e querido pelos pais da Isabel mas de nada adiantava pois eles jamais aceitariam um escritor, um homem que não tinha sustento para a sua filha. Esperam vinte anos e depois de falecerem os pais de Isabel eles se casam e são muito felizes, nunca ele sentiu tanto amor ao lado de sua amada. Foram dois anos plenos de felicidade pura, sonhando nos filhos pois ele amava crianças e queria ter pelo menos uma da sua amada. Tendo grandes posses logo pensaram em filhos e Isabel cada dia estava mais bela assim de esperanças, sentindo o brilho da felicidade transparecer cada dia mais. Um dia Isabel acorda doente, ardendo em febre, já quase no seu oitavo mes de gravidez nos seus delÃrios ela dizia que ia morrer mais o seu filho, tudo fizeram por ela mas ela morreu passado duas semana sem saberem porque mais o seu bebé como se apagasse aos poucos. Foi um verdadeiro desterro para o Fernando perder a sua amada que tão pouco esteve nos seus braços, foi enfraquecendo aos poucos de amor, não dormia e nem comia apanhando tuberculose, passava horas na tumba da sua amada, ao frio, ao vento só para estar perto dela quase as portas da loucura. Um dia ardendo de febre ele sonha com a Isabel pedindo que parasse de fazer mal a ele mesmo que queria que continuasse a sua vida, se tratasse e continuasse a sua extensa obra de escritos que iria confortar corações de quem os lia. Recuperando e nunca tirando aquele sonho da cabeça ele aceitou ser tratado e foi para a aldeia para se fortalecer e começar a escrever de novo. Eram pilhas e pilhas de papeis, escrevia sem parar como se fosse uma maquina no tempo da imensidão só assim parava de pensar na sua amada. Estava a gostar da aldeia somente não gostava da ideia de estar longe do túmulo da sua amada mas aos domingos metia no comboio e fazia aquele passeio pelo Rio até a cidade Porto e ai levar as belas flores para o jazigo de sua esposa e filho. Voltou a sonhar com Isabel, falando nos sonhos que ele teria que escrever um grande romance de amor, onde poderia contar a historia deles e depois iria estar com ela vivendo o seu amor além da vida terrena. Louco ele escreveu a cada dia mais e mais, ansioso por terminar o grande romance de amor pois sentia que brevemente estaria do lado de sua amada e filho. Era verão na aldeia, um belo dia de sol, toda aldeia estava em alvoroço, algo terrÃvel tinha acontecido o senhor tão fino da cidade estava morto sem vida na sua secretaria. Sua criada o encontrou sem vida sobre um grande lote de paginas e na pagina que seu rosto sorrindo estava poisado dizia o seguinte:
Fim
Foi um dos romances mais belos da literatura Portuguesa que ainda hoje se fala do amor do pobre poeta boémio.
End
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