Agradecimentos...
Ao receber a informação desta menção honrosa, não quis acreditar. Pressionado pela vida, estava me acostumando ao dia a dia, contatos profissionais, um tempo para ler outro para escrever. Fiquei feliz, mandaram perguntas respondi com a sinceridade que a vida permite aos que já lhe venceram mais da metade do percurso, deixado um pouco o orgulho de lado quando compreendemos mais, somos avós que dizem, ser pais com paciência...
Mas ao ler os comentários de vocês e conheço um pouco do que escrevem, como me permite o tempo...me emocionei... o que dizer...não sei... algo tenho que dizer...
Passei muitas fases na vida escrevendo, critico fui mordaz assim o publico queria, analista tentei...fui professoral, criticar a mim cansei, aos outros conselhos é mais interessante...então na fase que vivo, tem o que gosto e o que não gosto, o que me emociona e o que nada diz, larguei ao lado conceitos de bom ou mau gosto, vivi tantas modas e tantos modos que é mais digno assumir minha pequenez no mundo e deixar aos demais analises e criticas e viver este momento único com o que sinto, como diz Pessoa pela boca de seu heteronimo Alberto "eu não tenho filosofias, tenho sentidos"...minhas emoções permanecem e hão de permanecer nos outros as emoções, quase todos os raciocínios lógicos foram superados, nossos conceitos estão ai para serem mudados... Ser grato é isto o que sou, cativo das emoções que passo, escravo das que recebo portanto :
A todos e a cada um que leram meus textos e aos que leram minha entrevista aos que deixaram seus comentários, muito obrigado. Montei com retalhos dos escritos de cada um que escreveu comentários até hoje, para tentar demonstrar o que sinto...parabéns a vocês que escrevem tão bem e foram humildes ao me agradarem em suas atenções:
Á
Gorete...pela atenção pelos comentários. A paciência ao me mandar até os links para ler estes comentários, sempre presente, tornou-se minha referência no escritartes...parabéns e muito obrigado
Ouço-te os olhos
E as lágrimas intensamente salgadas…
Ouço-te os lábios
E as palavras docemente apelativas…
Ouço-te o coração
E o desassossego batendo à desfilada…
Em cada dia adormecendo rubro,
O universo no nosso corpo,
Desenhos feitos na mente ameaçando sossobrar
Conceição B. Conceição tem um capitulo a parte nesta incursão ao virtual d’alem mar. Foi das primeira a me incentivar, é destas raras pessoas que vão ao fundo do que gostam e participa pelo que leio e o mais importante para mim, escreve coisas que me lêem...como disse Quintana esta é a boa poesia...a que me lê. Tenho a impressão que sempre a conheci sem jamais tê-la visto a não ser nas fotos que me calham vê-la, daquelas pessoas que ao vermos pela primeira vez não nos preocupamos em contar nada além do dia presente pois do resto sabemos que já sabe. Conceição tem um poema que foi a mais pesarosa perda do meu disco rígido formatado, diz do barro das esculturas e como nos esculpimos...se puder me mande tenho certa dificuldade de acha-lo...Grato Conceição, um carinhoso abraço que ele encontre o seu sorriso.
São vestes, Senhor
Estas que renuncio
Remendadas pela saudades
São de outro povo
De outra gente
Estas vestes, Senhor
Que me destes
Dite Apolinário, amiga me permita tê-la como amiga jovem e talentosa , não sabe do orgulho que me deu todas as suas intervenções em meu texto ao ler os seus, grato um abraço.
A pele, tem memória. Carrego comigo, muitas vidas? Quantas são?
As memórias de pele, misturam -se. Se as deixar fluir do lugar dos sentimentos e emoções, ficam tal menina desprotegida. Confusa. Já não sou menina…Um pouco mais de tempo e as memórias se organizarão! Entendo-as.
Dionísio Dinis poucos contatos mas uma admiração pelo que escreve da participação ativa nos momentos culturais que vi...grato
Herdeiros um momento do seu jeito
De viver toda a vida
Dentro dum só momento,
Dum só momento, Lídia, em que afastados
Das terrenas angústias recebemos
Olímpicas delícias Dentro das nossas almas.
E um só momento nos sentimos deuses
Imortais pela calma que vestimos
E a altiva indiferença
Às coisas passageiras
Como quem guarda a c'roa da vitória
Estes fanados louros de um só dia
Guardemos para termos,
No futuro enrugado,
Perene à nossa vista a certa prova
De que um momento os deuses nos amaram
E nos deram uma hora
Não nossa, mas do Olimpo.
Rosa Maria das emoções que me passa não tenho como retribuir...
Dou-me a mão,
ergo-me em esforço,
rejeito-te
expulso-te tão friamente,
que desapareces
no estio da alienação!
Para quê o silêncio?
Para quê falar?
Se as palavras não forem corrosivas
Se as palavras não nos fizerem acordar.
Para quê o barulho?
Para quê a revolta?
Se o barulho se mantém silenciado
Ana Marques rara pessoa também, tenho um grande prazer e orgulho de suas intervenções nos comentários....
Há-de uma grande estrela cair no meu colo...
A noite será de vigília,
E rezaremos em línguas
Entalhadas como harpas.
Será noite de reconciliação
Há tanto de Deus a derramar-se em nós.
Crianças são os nossos corações
Anseiam pela paz, doces-cansados.
E nossos lábios desejam beijar-se
Por que hesitas?
Gilberto , pouco nos conhecemos muito o admiro...grato
Para quê o silêncio?
Para quê falar?
Se as palavras não forem corrosivas
Se as palavras não nos fizerem acordar.
Para quê o barulho?
Para quê a revolta?
Se o barulho se mantém silenciado
Se nos revoltamos
Sem nos revoltar.
Para quê o barulho?
Para quê silenciar?
Se o barulho do silêncio ficar mudo
Se o silêncio das palavras
Não falar.
Laura pessoa singular, sensível e carinhosa, grato mesmo, creio que este vídeo diz o que você gosta,
http://www.youtube.com/v/PjLWRCdFCbI&rel=1Para mim esta é a Laura
Sandra Fonseca aqui esta a Sandra com o meu agradecimento especial
Cessou a tempestade não tarda a aurora
Em seus cristais de azuis abrindo os céus
Os vultos transparentes se unem à paisagem
O sol invade os espaços como um portento.
Em toda a extensão da praia há poemas de amor
Escritos à dedo, as letras desconexas,
Canções profanas espalhadas entre vestes
De linhos e algas brilhando em arabescos.
Damasco quem escreve assim não precisa de apresentação...
Marina vendia o corpo num prostíbulo encoberto, alugado por percentagem considerada justa tanto pelo dono como pela usufrutuária. Não o fazia por dinheiro; era apenas a forma mais célere que encontrara de ter amor. Não fazia mal algum que fosse efémero, em média cinco minutos, mais que tempo para os enfileirados reclamarem a vez.
Marcopintoc pessoa cujos comentários repenso como todos mas os vejo inseridos no que escrevo, grato...
Dos cantos esquerdos do universo político que, supostamente, manda em nós bafejam ventos de inquietação. O poeta falou à esquerda daqueles que eram supostos serem seus. Vozes de discórdia, conspirações de ruptura brotam nas colunas de opinião de semanários cada vez mais breves nestes dias cada vez mais rápidos. O petardo do Ronaldo esmorece a pedrada do camionista em fúria. A pedra voa, a raiva diz-se fome, fain, hambre.
Grato a todos, sinceramente
Carlos Said