Marta_003
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CARPE DIEM
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« em: Julho 28, 2009, 22:50:57 » |
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Corre. Não terás força para o fazer depois. Esconde-te, porque mais tarde não haverá sÃtio onde não te procurem. Ouve-me agora, amanhã não saberás de mim. E quando as forças se esgotarem; te encontrarem; quando eu partir e a esperança morrer; o mundo será igual… não haverá esperança para um amanhã diferente, tudo estará feito. E aà o inútil será preciso para matar quem vive o que não é vida e fazer viver quem não teve sequer o direito de nascer. Farás com que tudo comece de novo; este mundo não é para mim e tu criarás um melhor, à s minhas ordens. Não durmas! Há que criar uma dimensão quase perfeita, de seres tão imperfeitos. Só assim os pássaros cantarão, e eu regressarei cantando, serei ouvida!... Tem pressa!, o amanhã é hoje, e há tempo a perder, mas que não será perdido. Divagarás por pensamentos fortes e realistas, pisarás todas as imperfeições à tua passagem, para que fiquem ainda mais imperfeitas. A meu mando, contarás à vida que criares que Deus criou o mundo em sete dias, mas que não era preciso. Só tu és necessário. És tu quem porá cortinas novas, e pintarás as paredes do que agora é o lar, doce lar dos cadáveres sem corações correspondentes. Deposito em ti toda a responsabilidade de limpares todo o ar aà em baixo que não respiro, porque não posso. Confio em ti para me fazeres reencarnar, nem que numa pele falsa, gasta, que se rasgará ao pousar na areia, mesmo que de mansinho. Por agora não o posso fazer, porque a ganância dessas terras abaixo do céu cegar-me-ia, e a mentira apunhalar-me-ia nas asas que tenho nas costas. Tens de mudar tudo o que me mata, que me corrói por dentro. Vivo de realismo e revolução constante, mas também quero que sintamos medo neste novo mundo; e porque ele é importante, dá-mo. Neste meu mundo todos os mistérios seriam revelados, mas não os da morte. Sei o que acontece depois de olhar se esvair, depois da luz branca e do desaparecimento dos sinais vitais… e digo-to, assim que cumprires o que te peço. Cria-me esta nova dimensão, real e revolucionária, onde só que pode e merece é que é racional e de personalidade determinada a viver uma vida intensa, quente. A ignorância abre alas à boa arte, e ela sim, imitará a vida e não o contrário. Serás tu capaz de o criar? Não, nunca o farias. Nem tu nem ninguém. E até este mundo actual permanecer submerso nas águas das boas imaginações, eu, teu anjo da guarda, nunca deixarei de ser esta estrela que vês quando olhas para cima ao rezar, este mito estupidamente religioso. Não sou brilhante, no fundo não sou ninguém, á excepção do teu manual de sobrevivência para uma vida cruel, mas que não esta á tua cabeceira nas noites mais escuras. Nunca deixarei de ser uma poeira no Universo, e nunca descerei á Terra, e por isso, para todos os mistérios jamais existirá incondicional verdade e nenhum tabu se quebrará. É melhor viver assim; afinal o mundo jamais mudará, mesmo que a tua auto consciência não cesse em suplicá-lo. É melhor aprender a viver com a ganância e com a mentira, do que morrer por causa delas. Viveremos com tempo para perder, e que é perdido, de facto. O amanhã não é hoje, e mesmo que fosse, tudo seria igual.
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