DionÃsio Dinis
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« em: Fevereiro 13, 2013, 21:19:34 » |
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O sol da manhã Lurdes
É apenas um feixe de raios no esquecimento de nós
São lassos os elos que tenuemente urdimos
São crassos os erros que vorazmente maquinámos
É todo o parco sonho a esmaecer
O sol faz coro na tristeza que criámos
Nem dor nem lágrimas Lurdes
Nem tampouco qualquer cruel remoque
Nem o desgosto de não saber de novo o nosso gosto
Nem a perdição de nunca sabermos mais de nós
Nem o sol a saber nascer sem saber de duas bocas unidas
Por saber unidos os eleitos lábios
Os dias turbulentos Lurdes
São dias iguais a dias planos
Se caminhas por áleas de madressilvas Recorda que no deserto dão-nos os cactos o aconchego
Não julgues perdido o momento sublime
No destino encontraremos a imagem sonhada
Vão dÃspares nossos olhares Lurdes
Vai certo o dia a nascer no horizonte
E ao meio-dia fechamos os olhos no solarengo esplendor
Ao meio-dia partimos ou ficamos tolhidos pela luz
No fim da jornada a cada um o seu porvir
Porque somos de sóis diversos
Nunca se faz tarde o desencontro Lurdes
Do outro lado do espelho fica o mar
Do outro lado de nós resta apenas um eco
Do lado justo das coisas vividas
Do lado que é só lembrança
Nunca o desnudes de todo Lurdes
Recorda sem amargura Lurdes
Que o mistério de não haver mistério algum
É deixar que a vida siga sem suposições tolas
DionÃsio Dinis
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« Última modificação: Janeiro 28, 2014, 20:55:28 por DionÃsio Dinis »
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Tere Tavares
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« Responder #1 em: Fevereiro 14, 2013, 13:35:19 » |
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"Que o mistério de não haver mistério algum É deixar que a vida siga sem suposições tolas"
Um poesia soberba, do princÃpio ao fim. Parabéns!
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Alfredo D
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« Responder #2 em: Fevereiro 14, 2013, 19:58:14 » |
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Fraco, muito fraco e mais que fraco.A poesia quer-se com céu e mar, este simulacro de poema, não tem nem uma coisa nem outra.Que deus tenha piedade!Eu tenho!
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Goreti Dias
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« Responder #3 em: Fevereiro 14, 2013, 20:32:42 » |
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Pois eu vejo nesta poesia muito céu e muito mar. Sublime! Pudessem todas as mulheres chamar-se Lurdes! Um poema digno do dia de namorados!
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Goretidias
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Nação Valente
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outono
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« Responder #4 em: Fevereiro 15, 2013, 21:18:27 » |
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Eu vejo muita poesia. E mais não me ocorre dizer. Abraço
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DionÃsio Dinis
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« Responder #5 em: Fevereiro 16, 2013, 19:56:25 » |
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Um enorme bem-haja para todos.
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carlossoares
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« Responder #6 em: Fevereiro 17, 2013, 11:01:30 » |
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DionÃsio,
«O sol da manhã Lurdes
É apenas um feixe de raios no esquecimento de nós»
A partir destes versos incontornáveis, o poema segue o seu curso como um rio soberbo a perder de vista e também ele é apenas uma estrada de reflexos no esquecimento de nós. Parabéns!
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Carlos Ricardo Soares
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DionÃsio Dinis
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« Responder #7 em: Setembro 23, 2013, 13:02:47 » |
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Amigo Carlos Soares, grato e reconhecido pela leitura e gentil comentário.
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Maria Gabriela de Sá
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« Responder #8 em: Setembro 23, 2013, 13:11:50 » |
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Fraco este poema??? A poesia alimenta-se de tudo, ainda que putrefacto e êxito ou fracasso está nas mãos de quem escreve. Neste caso houve muito êxito.
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Dizem de mim que talvez valha a pena conhecer-me.
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gdec2001
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« Responder #9 em: Setembro 23, 2013, 16:00:15 » |
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Belo poema. De um realismo um tanto lasso e muito triste. Como esta -nossa- vida. abr. Geraldes
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Goreti Dias
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« Responder #10 em: Setembro 30, 2013, 21:06:13 » |
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Um poema de sois e claridades que nos toldam a vista com tamanha beleza. Vale a leitura, mais uma vez.
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DionÃsio Dinis
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« Responder #11 em: Outubro 05, 2013, 11:03:17 » |
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O meu imenso obrigado a todos!
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vilde
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« Responder #12 em: Outubro 05, 2013, 21:21:15 » |
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um belÃssimo poema, com frases e maquinações cheias de poesia. talvez nem todos o entendam, mas isso não desmerece o poema. pelo contrário, enriquece-nos a todos, em passos para a qualidade. Um abraço DionÃsio e parabéns pela boa qualidade da sua escrita
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Aquele instinto selvagem em que evito meus naufrágios fez de mim mulher coragem na rotina dos adágios
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Alfredo D
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« Responder #13 em: Outubro 06, 2013, 12:45:32 » |
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Coisa pouca com versejanços menores.Quando a excitação da vida é ultra, nem este tédio mortal nos compensa.Vá tentando senhor dionÃsio, vá tentando, um dia ainda descobre que quer ser equilibrista...Só lhe faltam as palavras e a arte....O arame é o livre arbitrio!
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Vóny Ferreira
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« Responder #14 em: Novembro 10, 2013, 08:51:26 » |
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És fantástico a escrever DionÃsio o que te posso dizer mais além de que saio daqui encantada com o que li? Como frisou a Goreti e muito bem... pudessem todas as mulheres chamarem-se Lurdes! Abraço, Vf
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De todos os nomes que me chamares um eu saberei que é meu...
- MULHER!
(Vóny Ferreira)
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