Regressões

[VFS]

ecos bamboleiam no horizonte.

murmúrios,
as breves vibrações em crescendo
que avançam do que foi
e procuram o que sou.

espirais de lava descaem aos céus,
flutuando em ondas de escuridão.

e nos sussurros vislumbrados,
por todo o espaço
e interlúdios do acontecido,
curva a melancolia do templo.

toda a fecundidade passou,
bafejando bálsamos suspensos.

e nas cornucópias ressequidas
ou nas grutas de cirros relampejantes
qualquer brado é mudo.

só nas cordas
se lamentam os violinos
e os ilesos fragmentos da solidão.

estremeço.
o meu corpo é muralha.

tardia confissão.
suspiro no profundo!

e na vã cupidez de tentar evoluir.


in Da Natureza e Afins

[Dionísio Dinis]

E do que se faz passado ou secreto desejo de retorno, também se recria uma imanente ideia de futuro.Um poema retráctil que demonstra a plasticidade do poder criativo do poeta!

[VFS]

Dionísio Dinis,

mais uma vez lhe agradeço as palavras aos meus poemas.

Vicente

[Goreti Dias]

Um corpo muralha de confissão a querer saltar...
Um grande poema! Parabéns!

[VFS]

goretidias,

apenas uma breve tentativa de reflexão e de evolução.

amo as palavras, tal como a goreti.

obrigado
Vicente

[VFS]

DM,

a progressão faz-se também na regressão.

obrigado
Vicente

[Laura Gil]

Para além de um belo poema, também nos trazes um bom momento de reflexão.

Muito bom.

Beijo

[VFS]

Laura Gil,

muito obrigado pelas palavras que fazem o teu comentário.

Vicente